30 dias com a Gladius: veredicto
Excelente na cidade e bom desempenho em viagens: Gladius cumpre o que promete
Nosso primeiro teste de longa duração, ou melhor de 30 dias, chegou ao final. Percorremos 2871,8 km com a Suzuki Gladius, como indica seu hodômetro 2, o Trip 2. Durante esse período, a naked com seu motor V2 passou na mão de todos os integrantes da INFOMOTO. Rodou bastante nas engarrafadas ruas da cidade de São Paulo e também foi para a estrada diversas vezes.
Mostrou-se bastante econômica: chegou a rodar 29,2 km com um litro de combustível, quando conduzida "na boa" no trânsito urbano, graças ao seu bom torque e relação de marchas. Mas "bebeu" bastante quando a gente abusou do acelerador na estrada: fez 17,8 km/l. Mas sua média de consumo ao longo desses 30 dias foi boa para uma motocicleta dessa capacidade cúbica: o consumo total foi de 21,7 km/litros. Ou seja, com seu tanque de 14, 5 litros, a Gladius oferece uma autonomia média de, pelo menos, 300 km.
Rodamos quase 3.000 km com a Gladius: ela teve consumo médio e 21,7 km/l
Nessa quilometragem e durante esse tempo com a gente, a Gladius não apresentou nenhum problema – aliás, como era de se esperar em uma moto atual e que já tem alguns anos de estrada. Afinal, as motocicletas de hoje estão bem mais confiáveis e não se espera qualquer tipo de problema em uma moto com pouco mais de 3.000 km – ela não chegou aqui "zero km".
Nosso veredicto final é que a Suzuki Gladius entrega o que promete: ser uma motocicleta urbana, fácil de pilotar e, ao mesmo tempo, prazerosa. Essa 650cc japonesa faz tudo isso com louvor e uma bela pitada de diversão. Vai deixar saudades. Mas, para que vocês conheçam um pouco mais da Gladius e cheguem a suas próprias conclusões, há uma lista de todos os post deste "teste dos 30 dias" no final do texto e, abaixo, um depoimento de cada um dos integrantes da INFOMOTO sobre a naked japonesa.
Essa naked e seu torcudo motor V2 com câmbio "manteiga" vai deixar saudades na redação
"A Suzuki Gladius é uma moto, moto. Sem frescura. Ciclística acertada e bom nível de conforto e acabamento. O ponto alto fica por conta de seu motor V2. Dócil e ao mesmo vigoroso, este propulsor é linear, entrega potência de forma progressiva, sem sustos. No trânsito carregado é possível rodar em quarta/quinta marcha o tempo inteiro. Outra boa surpresa é a maciez das trocas de marcha. 'Uma manteiga', como diziam antigamente. Suave e muito preciso. A falta do ABS pode ser compensada pela experiência do piloto. Mas esta evolução tecnológica em prol da segurança deveria estar disponível para o modelo. No final de 30 dias a Gladius está na medida para um "quarentão" que só quer curtir a vida sobre duas rodas, mas com total segurança.", Aldo Tizzani, 43 anos, jornalista, e motociclista habilitado há 15 anos.
Para viajar, falta um pouco de conforto e marcador de combustível
"Depois de passar alguns dias ao guidão da Suzuki Gladius, pude constatar seus principais pontos positivos e quase nenhum negativo. Em minha opinião, o que mais se destacou no modelo foi o comportamento elástico, suave e linear de seu motor. Torque em qualquer faixa de rotação, disponível ao mais leve toque no acelerador. Rodar na cidade com a Gladius é quase como pilotar uma motocicleta com câmbio automático, pois não há necessidade de trocas excessivas de marcha. Para exemplo, pode-se andar a 50 km/h em sexta marcha sem o motor apresentar nenhum tipo de "engasgo" ou batidas de válvula. Para ultrapassagens nessa velocidade, basta reduzir uma marcha e enrolar o cabo do acelerador que, rapidamente, a máquina já está em alta velocidade. Às vezes, nem a reduzida é necessária. O ponto negativo, a meu ver, é a suspensão traseira, que sofre um pouco em situações mais extremas, como curvas mais fechadas feitas em alta velocidade. Porém, para a proposta da motocicleta – uma naked urbana de 650cc – está de bom tamanho. Se não fosse apaixonado por minha atual motocicleta e se não vivesse na insegura cidade de São Paulo, onde as nakeds de média cilindrada são muito cobiçadas pelos ladrões, a Gladius 650 com certeza estaria na minha lista de motos para ter na garagem", Roberto Brandão Filho, 26 anos, estudante de jornalismo, e motociclista "cupim de ferro" desde os 12 anos.
"A Gladius mostrou várias facetas no uso cotidiano. Fácil de pilotar graças ao motor de funcionamento liso e amigável. Ela não é uma moto que assusta o piloto, porém se quiser usá-la de forma esportiva tem a capacidade de empolgar enquanto o velocímetro sobe rápido. Dentro da cidade, é capaz de se encaixar nos espaços com facilidade e costura entre os carros como se fosse uma pequena 125 cc. Seu design atrai olhares curiosos e muita gente se mostrou surpresa ao saber que é uma Suzuki com motor de 650 cc. Como a maior parte do meu uso foi nas estradas, senti falta do marcador de combustível, apesar da luz de emergência. Em uma moto tão moderna – como inspira seu design – o sistema ABS também deveria ser, ao menos, opcional.", Cicero Lima, 53 anos, jornalista, e habilitado desde 1982.
Na cidade, seu habitat, a naked da Suzuki mostra a desenvoltura de uma 125cc
"Sem dúvida o maior destaque da Gladius vai para o seu conjunto motriz – motor e câmbio. O V2 tem torque de sobra em baixa e potência suficiente em altos giros. Além da boa relação de marchas, a embreagem e o câmbio são muito macios e, portanto, confortáveis para uma moto de uso urbano. Gosto também do indicador de marchas. Agora fica fácil entender porque há tantas SV 650 (a antecessora da Gladius) e ela própria nas ruas europeias – particularmente na França e na Alemanha há muitas dessas motos em toda a parte. Trata-se de uma excelente moto, prática para o dia-a-dia e com bom desempenho para viajar. Não é a moto ideal se você for rodar até Ushuaia, mas para ir à praia, andar de moto com os amigos, até uma jornada de 300 km em um dia ela vai muito bem. Fica devendo em conforto para longas viagens em função do seu banco fino, e senti falta de um marcador de combustível. Outro ponto negativo é a ausência do ABS como opcional. Seu preço de lançamento – R$ 26.990 – fazia dela uma das melhores escolhas do segmento, senão a melhor. Agora, com o recente aumento para R$ 28.900, a Gladius continua sendo uma boa opção para quem quer ter apenas uma moto que faz "tudo" na garagem, mas enfrenta uma concorrência mais acirrada", Arthur Caldeira, 35 anos, jornalista, e motociclista habilitado desde 2001.
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