8 motos que chegam ao Brasil em 2020
Infomoto
04/01/2020 06h00
Após dois anos consecutivos de crescimento nas vendas, o mercado de motos deve ter novidades interessantes para 2020. Outra razão para a enxurrada de lançamentos é a realização do Salão Duas Rodas, em novembro do ano passado. Afinal, muitos dos modelos apresentados na feira devem chegar às lojas no decorrer deste ano, caso da Honda CB 500X e da scooter Yamaha XMax 250, dois das principais novidades deste ano. Confira essas e outras motos novas que devem chegar ao Brasil neste ano.
Honda CB 500
A linha CB 500 da Honda foi apresentada no Salão Duas Rodas com novidades interessantes. A primeira delas foi o design mais moderno e ousado, tanto na naked CB 500F como na aventureira CB 500X. Linhas mais angulosas, grafismos mais chamativos e um novo painel blackout são as responsáveis por atualizar a família de bicilíndicas médias da marca que, importante dizer, não sofreram mudanças na motorização.
Na parte mecânica, vale destacar a nova embreagem deslizante e assistida que promete um funcionamento mais macio, além de evitar que a roda traseira "trave" em reduções. Segundo a Honda, o sistema de escapamento foi revisto, para proporcionar um ronco mais "empolgante".
Já a CB 500X ainda ganhou adotou roda dianteira de 19 polegadas e suspensões de curso mais longo que permitem ao modelo encarar com mais agilidade pisos irregulares ou vias sem pavimentação.
Ambas as versões devem chegar às lojas até março deste ano, com freios ABS de série e duas opções de cores. Os preços ainda não foram definidos.
Yamaha XMax 250
Já a Yamaha divulgou o preço da XMax 250 no ano passado. Apresentada no Salão, a nova scooter vai custar R$ 21.990, mas só chega às lojas em abril. O grande diferencial da XMax 250 é o sistema de controle de tração, normalmente não encontrado em scooters menores. O controle entra em ação quando os sensores informam para a central eletrônica (ECU) que a roda traseira está patinando. Imediatamente, a central corta a transmissão para a roda traseira, evitando uma queda.
Equipada com roda aro 15 e pneu 120/70, na dianteira, e aro 14 com pneu 140/70, na traseira, a XMax tem motor de um cilindro, 250 cm³, SOHC, e arrefecimento líquido, que produz 22,8 cv de potência máxima e tem câmbio CVT. O modelo conta com iluminação em LED e painel com dois mostradores analógicos e uma tela digital com diversas informações, inclusive um pequeno computador de bordo, que indica consumo médio e instantâneo.
Triumph Rocket 3
O superlativo motor de três cilindros e 2.500 cc é a principal atração da nova Triumph Rocket 3 que chega ao País em 2020. O maior motor a equipar uma moto de série no mundo gera 170 cv de potência máxima e mais de 22,5 kgf.m de torque máximo.
Para melhorar a maneabilidade dessa "gigante" em duas rodas, a Triumph reduziu o peso da nova Rocket 3 em cerca de 40 kg. Apesar do porte imponente e do propulsor exagerado, a Rocket sempre foi uma moto fácil de pilotar. A nova geração, que ainda não tem preço definido, deve estar ainda melhor – e mais divertida!
Kawasaki Z 900
A consagrada naked de quatro cilindros da Kawasaki passou por um face-lift para 2020. Mas a grande novidade da Z 900 é trazer para o segmento um painel "inteligente", que se conecta ao smartphone por meio de Bluetooth e um aplicativo dedicado. Pelo app, batizado de "My Ride" (meu passeio), o motociclista pode ter diversas informações sobre o funcionamento da moto, além de registrar percursos, velocidades e distâncias.
Ainda restrito a modelos mais luxuosos, os painéis conectados devem se tornar tendência nas motos nos próximos anos. Afinal, que motociclista não tem um smartphone nos dias de hoje? A Z 900 deve chegar apenas no segundo semestre deste ano e seu preço ainda não foi definido.
BMW S 1000XR
Apresentada no Salão de Milão no ano passado, a S 1000XR ganhou visual novo e um motor mais nervoso. A aventureira esportiva da BMW agora tem 165 cv de potência máxima em seu motor de quatro cilindros e 999 cc. O modelo ainda perdeu cerca de 11 kg.
Um pacote eletrônico completo e uma nova relação de marchas – lembrando que o câmbio de sesi velocidades tem quick-shift bidirecional – fazem da aventureira esportiva a companheira ideal para viagens rápidas. Suspensão eletrônica, faróis de LED direcionais e Hill Start Control (assistente de partida em subidas) agora são de série na S 1000XR 2020, que ainda não tem data para desembarcar no país, mas deve chegar apenas no segundo semestre.
Royal Enfield 650
Primeiros modelos mundiais da Royal Enfield, as novas Interceptor 650 e Continental GT 650 prometem agitar o segmento de clássicas modernas no Brasil. Elas chegam às lojas agora em janeiro com preço a partir de R$ 24.990, para a naked clássica Interceptor, e R$ 25.990 para a cafe racer Continental GT.
Desenvolvidas em conjunto entre a matriz indiana e o centro técnico da Royal Enfield no Reino Unido, as novas motos são equipadas com um inédito bicilíndrico de 650 cc que produz bons 47 cv de potência máxima. Com chassi firme e suspensões bem acertadas, além de um preço atraente, são a grande aposta da marca anglo indiana para crescer – ainda mais – em todo o mundo, no segmento de motos médias, entre 400 e 700 cc.
Honda NC 750X DCT
Antiga promessa da Honda, parece que, finalmente, a NC 750X irá ganhar o câmbio automático DCT no Brasil. Responsável por metade das vendas do modelo na Europa, o câmbio de dupla embreagem oferece mais conforto e segurança na pilotagem, com trocas de marchas precisas e no tempo certo.
Ainda não há preço e nem data definidos para a chegada da tecnologia DCT ao País, mas o câmbio também deverá estar presente em uma das versões da nova CRF 1100L Africa Twin.
Yamaha Niken
Com um revolucionário sistema de três rodas – com duas na dianteira, que se inclinam como em uma moto – a Niken é a aposta da Yamaha para atrair novos consumidores ao mundo do motociclismo. Mostrada no Salão Duas Rodas como curiosidade, mas já à venda na Europa, a Niken usa o mesmo motor de três cilindros e 847 cc que tem 115 cv de potência – estaria, portanto, já homologado às leis brasileiras de emissão de poluentes e ruídos.
Fontes ligadas à Yamaha afirmam que o produto teria como objetivo reforçar a marca como pioneira e revolucionária. Sua comercialização seria limitada, com poucas unidades importadas e, provavelmente, caras. A Niken custa hoje na Europa cerca de 15.000 euros, ou cerca de R$ 68 mil, na conversão direta. (Por Arthur Caldeira)
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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.
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