5 motos ideais para trabalhar como entregador ou motoboy
Infomoto
01/05/2020 04h00
Antes da pandemia, muitos sem emprego formal já buscavam nos aplicativos de entrega uma fonte de renda. Agora, com mais pessoas em casa, a demanda por delivery deve aumentar ainda mais. E, infelizmente, o desemprego também.
Com isso, trabalhar de entregador ou motoboy pode ser uma fonte de renda nesse momento em que uma crise econômica gigantesca parece se aproximar. Você pode até trabalhar de bicicleta, mas de moto vai ter a chance de tirar uns trocos a mais.
O motoboy ou entregador tem de optar por um modelo que seja econômico, confiável e robusto para aguentar o tranco do dia-a-dia. Pensando nisso, selecionamos cinco opções, de diversos estilos, para você escolher a sua. Confira.
Honda CG 160 Cargo
No restante, é semelhante a CG 160 Fan. Tem motor bicombustível de um cilindro, 162,7 cm³ e produz cerca de 15 cv de potência máxima. O consumo com gasolina pode passar de 40 km/litro. Com um tanque cheio, de 16,6 litros, dá pra rodar mais de 600 km sem abastecer.
As rodas, de 18 polegadas*, são de liga-leve e usam pneus sem câmara. O freio a disco está só na dianteira, mas o sistema combinado com o freio a tambor na traseira ajuda a parar os 119 kg da moto com segurança. Painel digital com velocímetro, marcador de combustível e hodômetro completam o pacote. A Honda CG 160 Cargo está disponível apenas na cor branca, com preço sugerido de R$ 10.300.
Yamaha Factor 125i
Embora seja uma versão de entrada, a Yamaha Factor 125i é uma das mais completas da categoria e oferece um bom custo benefício. As rodas são de liga-leve, a partida, elétrica e o painel digital traz muitas informações. Seu acabamento é simples, com peças injetadas já na cor preta e apenas duas opções de cores. Mas o preço de R$ 9.950 é um atrativo para quem procura uma moto básica só para trabalhar.
O motor de um cilindro é um dos poucos de 125 cc que ainda sobrevivem no mercado. Seus 11 cv de potência são modestos, mas suficientes para rodar na cidade, onde a velocidade não passa de 80 km/h. Respeitando os limites, o consumo de combustível chega a 46 km/litro com gasolina. A capacidade é para 15,7 litros de etanol ou gasolina, já que o motorzinho tem injeção eletrônica e sistema flex.
As rodas de alumínio são de 18 polegadas* como na CG Cargo e na maioria das motos street. Na dianteira, freio a disco e, na traseira, a tambor. O sistema unificado UBS ajuda os iniciantes a frearem a Factor 125i.
Honda Biz 110i
Outro modelo que faz sucesso entre os entregadores é a Honda Biz. A motoneta é fácil de pilotar: não há manete de embreagem e, para trocar de marcha, basta pisar no pedal de câmbio. Outra característica da Biz é o espaço sob o assento que permite levar seus objetos pessoais e ainda conta com uma tomada 12V para carregar o smartphone e não perder nenhuma entrega. Além disso, seu assento é confortável para quem vai passar o dia sobre a moto.
Há duas versões: uma com 125 cc, mais equipada, com rodas de liga-leve e painel digital; e a de 110 cc, mais simples e, importante, barata. A Biz 110 tem preço sugerido de R$ 8.150, mas suas rodas são raiadas e os freios, a tambor em ambas. O painel também é modesto, com velocímetro e hodômetro analógico, além de um marcador de combustível e luzes de advertência.
A economia compensa o desempenho contido do motor de 109,1 cm³, 8,3 cv e movido só a gasolina: a Biz 110i roda mais de 45 km por litro. Mas o tanque é pequeno, de apenas 5,1 litros. As motonetas ou CUBs são uma opção prática e robusta para fazer entregas.
Yamaha NMax 160
As scooters são outro tipo de moto que faz sucesso porque é fácil de pilotar. Uma opção é a Yamaha NMax 160 que, como a maioria das scooters, tem câmbio CVT, ou seja, quase automático. Não tem manete e nem pedal: basta acelerar, sem se preocupar com marchas, e frear, quando for preciso. Nessa hora, o sistema antitravamento (ABS) evita que as rodas derrapem mesmo em situações de emergência.
O motor de um cilindro tem 155 cc e bom desempenho: 15 cavalos de potência e pode chegar a 120 km/h. O consumo, porém, não é tão alto. Faz uma média de 38 km/litro na cidade. Outra vantagem das scooters é o amplo espaço sob o assento. No caso da NMax tem 25 litros de capacidade e guarda um capacete fechado ou uma pequena compra.
O "calcanhar de Aquiles" das scooters são as rodas pequenas – a Nmax 160 tem rodas de liga-leve de 13 polegadas – e as suspensões de curso menor. O conjunto ciclístico não tem tanta robustez como o de uma moto para enfrentar a buraqueira de nossas cidades. O valor, elevado, pode ser outro ponto negativo. A Yamaha vende a NMax 160 por um preço sugerido de R$ 13.620.
Honda NXR 160 Bros
A parte mecânica é praticamente igual a da CG 160. Motor de um cilindro, bicombustível, 162,7 cm³, que roda mais de 40 km/litro tranquilamente. Além da robustez, as suspensões e o assento largo garantem o conforto de quem vai guiando a Bros. Mas, por outro lado, os mais baixinhos podem se intimidadar com os 836 mm de altura do banco ao chão.
O preço elevado em comparação com as motos street é outro fator que desanima quem procura uma moto só para trabalhar. Mas a Bros encara até uma viagem, em função do seu conforto e versatilidade. Com freio a disco nas duas rodas, a versão ESDD é vendida pelo preço sugerido de R$ 12.860. (Por Arthur Caldeira)
* Post corrigido em 04/05/2020 às 11h25 – As rodas da Honda CG 160 Cargo e da Yamaha Factor 125i têm 18 polegadas de diâmetro e não 17, como informado anteriormente
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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.
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