Yamaha Tracer 700 aparece com nova 'cara' em Milão, mas não virá ao Brasil
Infomoto
05/11/2019 15h12
Apresentada em 2015, a Yamaha Tracer 700 nada mais é do que a versão sport-touring da MT-07, naked à venda no Brasil. Feita para viajar, a 'estradeira' Tracer 700 ganhou um novo design e algumas melhorias na edição deste ano do Salão de Milão, que abre as portas para o público apenas na quinta (7) e vai até domingo (10) na cidade italiana.
O modelo compartilha o mesmo motor de dois cilindros e 689 cm³ da MT-07, que agora foi ajustado para atender às novas normas anti-poluição da Europa (Euro-5), mas vem em um pacote mais confortável para longas viagens. O que inclui uma posição de pilotagem mais relaxada, tanque maior, assento mais largo e uma carenagem frontal para desviar o vento.
Visualmente, a Tracer 700 ficou mais "futurista". A principal diferença está na sua semi-carenagem frontal, agora mais facetada. O antigo conjunto óptico deu lugar a duas 'faixas' de LED e dois canhões de luz, mais potente. O parabrisa ganhou um prático sistema de ajuste manual e o painel agora é totalmente digital, como na sua "irmã maior", a Tracer 900GT.
Um dos principais destaques do estande da marca japonesa, a Tracer 700 é, há tempos, desejada pelos motociclistas brasileiros. E não é por menos: o desempenho do bicilíndrico de 75 cv e com torque desde os baixos giros parece ter sido feito para rodar na estrada. E quem já pilotou a bem acertada MT-07, certamente já imaginou como seria um modelo mais confortável e versátil, como o da Tracer 700.
Mas não se iludam. Questionada, a Yamaha do Brasil se limitou a afirmar que não há planos de comercializar a Tracer 700 no País. Um dos motivos seria o investimento para nacionalizar o modelo e montá-lo em Manaus, o que faria o preço ficar bem próximo do valor cobrado pela Tracer 900GT, já vendida no nosso mercado por 49.390.
TMax 'bombado'
Além da Tracer 700, outro velho conhecido – e desejado – dos brasileiros ganhou uma versão mais bombada no EICMA 2019. O maxi scooter TMax, que já foi vendido no Brasil há alguns anos, recebeu um novo motor, de maior capacidade: passou dos antigos 530 cc para 560 cc, tudo para atender à Euro-5.
Juntamente com o motor maior, o TMax ganhou um visual mais esportivo e uma versão mais 'tecnológica', com painel digital e conexão Bluetooth. Caro até mesmo para os padrões europeus, o TMax 560 também não está nos planos da Yamaha para o Brasil, garantiu a empresa.
Portanto, a única novidade de Milão que deverá chegar ao país é a nova MT-03, que ganhou um design mais futurista, novo painel e suspensões revistas. Ainda não há previsão de quando a nova geração da naked de 321cc deve desembarcar no Brasil. Mas tudo indica que seja no segundo semestre de 2020. Resta-nos aguardar. (por Arthur Caldeira, de Milão)
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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.
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