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Moto esportiva preferida de Ayrton Senna completa 25 anos

Infomoto

13/07/2019 07h00

Ducati 916 série especial "Senna", lançada em 1994

Em meados de 1994, os primeiros exemplares da Ducati 916 chegavam às concessionárias. Nas pistas do Campeonato Mundial de Superbike, o piloto britânico Carl Fogarty guiava a moto superesportiva rumo ao título daquela temporada. E, no autódromo italiano de Ímola, a curva de Tamburello colocava fim à vida de Ayrton Senna.

Mas o que Senna tem a ver com a superesportiva italiana? Além de ambos terem se tornados ícones em seus segmentos, a Ducati 916 foi a primeira moto a ganhar uma série especial do piloto brasileiro, apresentada em 1994, durante o Bologna Motor Show, na Itália.

Mas a Ducati 916 Senna foi mais do que uma homenagem ao tricampeão de Fórmula 1. O modelo, limitado a 301 unidades, contava com modificações sugeridas pelo próprio piloto. Entre os pedidos feitos a Claudio Castiglioni, amigo pessoal de Ayrton e quem comandava a Ducati na época, estavam peças em fibra de carbono para tornar a moto mais leve e até o tom de cinza escuro em contraste com as chamativas rodas cor de abóbora. A 916 Senna ainda teria mais duas reedições, depois que a primeira série se esgotou rapidamente.

História da 916 Primeira 916 tinha motor de dois cilindros em "L" e 115 cv de potência

Mesmo 25 anos após seu lançamento, a Ducati 916 ainda parece uma moto atual. Não à toa, é considerada uma das melhores criações do designer Massimo Tamburini e também uma das superesportivas mais bonitas do mundo.

Sua construção inclui quadro em treliça, um belo monobraço traseiro e saídas de escape sob o banco, tudo para facilitar as mudanças rápidas de direção e aprimorar a penetração aerodinâmica. Tais características se tornaram marca registrada da família de superbikes da Ducati por muitos anos. Tudo isso aliado a um propulsor L2 de 916 cm³, que pela primeira vez trazia quatro válvulas por cilindro e produzia 115 cv. O modelo faturou três títulos mundiais de Superbike e foi fabricado até 1997, quando foi substituída pela 996. Carl Fogarty e a Panigale V4 25º Anniversario, edição comemorativa de 25 anos do modelo

Para comemorar os 25 anos da esportiva, a Ducati apresentou uma edição especial, chamada de Panigale V4 25° Anniversario 916. Ela será limitada a 500 unidades numeradas e terá uma pintura exclusiva, além, claro, de itens para competição como escapamento especial e peças em fibra de carbono.

A Panigale surgirá, pela primeira vez em sua roupagem comemorativa, na Califórnia (EUA). Quem terá a honra de mostrar o modelo será ninguém menos do que Carl Fogarty, tricampeão do Mundial de Superbike com a 916. A vela do bolo será entregue pela equipe oficial da Ducati, durante o campeonato Mundial de Superbike. Alvaro Bautista e Chaz Davies usarão a pintura comemorativa da Panigale V4 25° Anniversario 916 em suas motos de competição no circuito de Laguna Seca.

Outras superesportivas "Senna" MV Agusta F4 750 Senna, lançada em 2002

A amizade entre Ayrton Senna e Claudio Castiglioni acabou levando à criação de outra superbike criada para homenagear o piloto. Assim, a MV Agusta, marca que Castiglioni assumiu depois de sua passagem pela Ducati estampou o tradicional "S" em dois momentos na história da superesportiva F4.

A primeira, em 2002, derivava da primeira geração a sair da prancheta de Massimo Tamburini. Equipada com motor de quatros cilindros em linha de 750 cc, a moto teve 300 exemplares vendidos, com parte da renda obtida direcionada para o Instituto Ayrton Senna. Quatro anos depois, uma nova MV Agusta F4 Senna foi criada, porém já equipada com um propulsor tetracilíndrico de 1000 cc.

Em 2014, para lembrar os 20 anos da morte de Ayrton, a Ducati criou a superesportiva 1199 Panigale S Senna, que foi comercializada apenas no Brasil. Limitada a 161 exemplares (o número de GPs de Ayrton na F1), a moto foi vendida pelo preço de R$ 100 mil, dos quais uma parte foi revertida aos projetos educacionais do Instituto Ayrton Senna. Panigale 1199 S Senna, lançada em 2014, para lembrar os 20 anos da morte do piloto brasileiro

A 1199 Panigale S Senna tinha o motor Superquadro de dois cilindros em "L" de 1198 cm³ com arrefecimento líquido e o famoso comando desmodrômico de válvulas. O propulsor é capaz de gerar até 195 cv de potência a 10.750 rpm com torque máximo de 13,4 kgf.m disponíveis nos 9.000 giros. (Por Arthur Caldeira)

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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