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Cinco motos nakeds de 1.000 cc; escolha a sua

Infomoto

10/03/2019 08h00

Quer uma "milzona" sem carenagem, mas com muitos cavalos de potência? Confira as opções

Com a chegada da nova Honda CB 1000R aumentaram as opções de motos nakeds de 1.000 cc no mercado brasileiro. Praticamente todas as grandes marcas (exceto a Yamaha) oferecem um modelo neste segmento, caracterizado por motores muito potentes, mas com aquele design de moto com "cara de moto" que muitos consumidores brasileiros apreciam.

Afinal, as motos nakeds são as preferidas dos motociclistas. Segundo dados da Abraciclo, associação de fabricantes do setor, foram vendidas 22.670 motos nakeds contra 16.674 bigtrails no ano passado.
Por isso fizemos uma lista com cinco nakeds de 1.000 cc para você que curte bom desempenho e o estilo "pelado" escolher a sua. Confira.

Suzuki GSX-S 1000 – R$ 52.691
Apresentada em 2014, a naked de 1.000cc da Suzuki tem o design agressivo, no melhor estilo "streetfighter", ou seja, se parece uma moto esportiva, mas sem carenagem. Seu motor de quatro cilindros é derivado da superesportiva GSX-R, como o nome leva a crer. Retrabalhado para entregar mais torque e potência em baixos e médios regimes, a GSX-S 1000 oferece 150 cv de potência máxima a 10.000 rpm. Além de amansado, o motor ganhou acelerador eletrônico e conta com controle de tração em três níveis, que pode ser desligado.

Na parte ciclística, o quadro de dupla trave superior é feito em liga de alumínio e resulta em baixo peso: 209 kg e ordem de marcha. As suspensões usam garfo invertido na dianteiro e um monoamortecedor traseiro – ambos com regulagem. Destaque para os freios com pinças Brembo de fixação radial e sistema ABS de série.

Embora tenha um painel digital simples para a categoria e LED apenas na lanterna traseira e nas luzes de posição, a Suzuki GSX-S 1000 tem o menor preço entre as nakeds de 1.000cc: R$ 52.691 sem frete.

– Kawasaki Z 1000 – R$ 55.990
A Kawasaki também optou por um design radical na sua naked de um litro. A Z 1000 parece uma fera em posição de ataque e o conjunto óptico usa LEDs, assim como a lanterna traseira. Equipada com um tetracilíndrico de 1.043 cm³ que produz 142 cv a 10.000 rpm, a Z 1000 também tem bom torque em médios regimes, o que dispensa as trocas de marchas. Mas, na parte eletrônica, a naked da Kawasaki conta apenas com freios ABS de série.

O quadro de dupla trave feito em alumínio tem garfo invertido com tubos de 41 mm, na dianteira, e um monoamortecedor a gás fixado por links na balança traseira – ambos ajustáveis. O peso é um pouco elevado – 221 kg em ordem de marcha – e os freios têm pinças radiais da própria Kawa.

Modelo que conquista pelo design agressivo e pelo bom motor da fábrica da Akashi, a Z 1000 perde em relação às concorrentes pela ausência de controles eletrônicos.

– Honda CB 1000R – R$ 58.690
Depois de ficar dois anos ausente do mercado brasileiro, a naked de 1.000 cc da Honda voltou completamente renovada para 2019. A começar pelo design, batizado de Neo Sports Cafe, que tem inspiração nas antigas "CBs", mas com linhas futuristas, traduzidas pelo farol redondo e com LED, assim como lanternas e piscas. O painel digital também é bastante moderno e completo.

O motor recebeu diversos ajustes para produzir mais potência que a geração anterior – 141,4 cv a 10.500 rpm -, além de ter ganhado acelerador eletrônico. Com isso, a tecnologia embarcada pôde ser empregada. A nova CB 1000R oferece quatro modos de pilotagem, controle de tração, níveis de entrega de potência e ajuste do freio motor.

Na parte ciclística, as suspensões foram aprimoradas – garfo invertido na frente e um monobraço atrás – e o peso reduzido para 212 kg em ordem de marcha. Os freios a disco têm pinças radiais da marca Tokico na dianteira e ABS de dois canais.

Apesar das novidades, o preço da nova CB 1000R ficou "salgado" perante às concorrentes. O valor de R$ 58.691 é inferior aos modelos mais premium – mas também mais equipados -, porém é maior do que as similares japonesas.

– Triumph Speed Triple 1050R – R$ 60.990
Espécie de precursora das streetfighters, a Speed Triple R tem um visual ousado, com faróis duplo "saltados", quadro tubular e o motor aparente. Com uma posição de pilotagem bastante esportiva, a inglesa ainda se destaca nessa lista por contar com motor de três cilindros ao invés de quatro. Com 1.050 cm³ de capacidade, ele não fica devendo potência, embora seja a menor da lista: produz 138 cv a 9.000 rpm.

Na parte eletrônica, a naked inglesa faz bonito. Tem cinco modos de pilotagem que alteram as configurações do controle de tração e dos freios ABS. A parte ciclística também merece destaque. Seu quadro tubular em alumínio e o monobraço traseiro são "sustentados" por suspensões Öhlins de última geração totalmente ajustáveis. Os freios a disco trazem componentes da grife Brembo nessa versão "R", a única disponível no Brasil.

Os equipamentos topo de linha e o acabamento refinado da versão com peças em fibra de carbono ajudam a explicar o preço um elevado da naked inglesa: R$ 60.990.

– BMW S 1000R – R$ 66.950
A naked alemã é a mais potente da lista. Seu motor, derivado da S 1000RR, produz 165 cv de potência máxima a 11.000 giros. Ela ainda conta com uma boa dose de eletrônica embarcada: dois modos de pilotagem, controle de tração e freios ABS otimizados para curvas.

Na parte ciclística, vale destacar as suspensões que têm garfo telescópico invertido, na dianteira, e monoamortecedor traseiro. Os freios são da grife Brembo com discos nas duas rodas. Destaque para o baixo peso do conjunto: 205 kg em ordem de marcha.

Toda a tecnologia embarcada e símbolo da BMW fazem da S 1000R a naked de 1.000 cc mais cara da nossa lista: ela custa a partir de R$ 66.590. Por mais R$ 2.000 ainda dá para levar o pacote Premium que conta com mais modos de pilotagem, controle de tração dinâmico e suspensões semi-ativas com ajuste eletrônico. (por Arthur Caldeira)

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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