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Yamaha Crosser Z ganha "maquiagem" aventureira para rodar na terra; assista

Infomoto

25/03/2018 06h00


A nova Crosser Z foi apresentada no Salão Duas Rodas do ano passado pela Yamaha como uma versão mais aventureira de sua trail de 150 cc. Além do "Z" no nome, o modelo recebeu paralama alto, sanfonas e protetores na suspensão dianteira. Com grafismos diferenciados e duas opções de cor, a moto chegou recentemente às concessionárias da marca com preço sugerido de R$ 11.490 – R$ 200 a mais que a conhecida Crosser, que recebeu o sufixo "S".

As novidades são uma "maquiagem aventureira", aplicada para atender aos motociclistas que vão enfrentar estradas de terra. "Muitos clientes se queixavam que acumulava lama entre o pneu e o paralama baixo da Crosser", explicou Helio Ninomyia, Gerente Executivo de Marketing e Planejamento da marca, na apresentação do modelo em novembro passado. As sanfonas e o protetor nas bengalas evitam que poeira e pedras danifiquem o componente.

Mais do mesmo Nova versão tem paralama alto e protetores na suspensão dianteira por R$ 11.490

Exceto pelos grafismos e a cor bege (chamada de Dakar areia), a nova Crosser Z é igual à versão S. O que não é necessariamente uma má notícia. Afinal, a trail de 150 cc foi o segundo modelo mais vendido da marca no Brasil em 2017 com 15.649 unidades emplacadas. Motor vai bem na cidade, mas é fraco na estrada. Consumo variou entre 35 e 38 km/litro

Seu motor bicombustível de 149,3 cm³ e 12,4 cv é esperto e econômico na cidade. Em conjunto com o câmbio de cinco marchas proporciona boas arrancadas e rodou 38,2 km/litro no uso urbano. Já na estrada, o torque de apenas 1,86 kgf.m não é suficiente para manter velocidades acima de 100 km/h e é preciso girar todo o acelerador para acompanhar o fluxo, fazendo com que o consumo aumente para 35,6 km/litro. Com um tanque de 12 litros, pode-se rodar seguramente mais de 400 km.

Trilhas da cidade Crosser tem rodas raiadas – aro 19 (D) e 17 (T) – com pneus de uso misto

Mas a principal qualidade da Crosser está em seu conjunto ciclístico. O bom curso das suspensões (180 mm em ambas as rodas) ajuda a enfrentar as valetas, lombadas e buracos da cidade, mas sem prejudicar a agilidade, em função da roda aro 19 na dianteira.

A configuração não deixa o assento tão alto como nas motos trail – ele fica a 836 mm do solo – facilitando as manobras e também não intimida quem está começando. O baixo peso (131 kg em ordem de marcha) é outro fator que faz do modelo, seja na versão S ou a Z, uma boa opção para iniciantes. Suspensões têm bom curso para encarar buracos no asfalto e até uma estrada de terra

A posição de pilotagem é bastante confortável. O banco largo e o guidão alto deixam as costas eretas e o motociclista à vontade para mudar de direção e contornar curvas com segurança. Com freio a disco na dianteira, bagageiro de série e um completo painel digital, a Yamaha de 150 cc é boa opção para encarar nossas malcuidadas ruas e avenidas.

Mas, afinal, o que muda? Novo paralama combina mais com visual trail da Crosser

Além das mudanças visuais, que têm efeito prático para quem roda muito na terra, a versão Z não traz nada de muito novo em relação à Crosser S. Se a proposta era criar uma versão mais aventureira, a Yamaha poderia ter adotado roda de 21 polegadas na dianteira, o que ajudaria a enfrentar buracos, em conjunto com os bons pneus Metzeler Tourance.

Por outro lado, a roda maior prejudicaria um pouco o uso urbano, a verdadeira proposta da Crosser 150. Particularmente, acho que o paralama alto e pontudo até combina mais com o visual trail. Tanto que muitos proprietários de modelos anteriores faziam essa mudança por conta própria. Posição de pilotagem e assento são confortáveis

Não há nada de muito errado nisso, afinal a indústria de automóveis vende há anos as versões "Cross" de muitos carros que, sequer, têm mudanças práticas. Trazem apenas o visual aventureiro. Se você também gostou do design da Crosser Z vale a pena pagar a diferença de R$ 200. Valor que não seria suficiente para adquirir essas peças no mercado paralelo.

Ficha técnica
Yamaha XTZ 150 Crosser Z
Motor Arrefecimento a ar, SOHC, monocilíndrico, quatro tempos, 2 válvulas
Capacidade cúbica 149,3 cm³
Potência máxima (declarada) 12,2 cv a 7.500 rpm (gasolina) e 12,4 cv a 7.500 rpm (etanol)
Torque máximo (declarado) 1,28 kgf.m a 6.000 rpm (gasolina) e 1,29 kgf.m a 6.000 rpm (etanol)
Câmbio Cinco marchas
Transmissão final corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Partida Elétrica
Quadro Berço semi-duplo em aço
Suspensão dianteira Garfos telescópicos com 180 mm de curso
Suspensão traseira Balança monoamortecida com 180 mm de curso
Freio dianteiro Disco simples de 230 mm de diâmetro
Freio traseiro Tambor mecânico de 130 mm de curso
Pneus 90/90-19 (diant.) / 110/90-17 (tras.)
Comprimento 2.050 mm
Largura 825 mm
Altura 1.140 mm
Distância entre-eixos 1.350 mm
Distância do solo 235 mm
Altura do assento 836 mm
Peso em ordem de marcha 131 kg
Tanque 12 litros
Cores Azul e Bege
Preço sugerido R$ 11.490,00

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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