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Yamaha Fazer 250 usada tem conforto e pós-venda em conta; veja dicas

Infomoto

20/01/2018 08h00

É possível encontrar boas opções com baixa quilometragem; acima, o modelo BlueFlex lançado em 2012

A Yamaha YS 250 Fazer fez história no Brasil por ser a primeira moto de baixa capacidade cúbica a usar injeção eletrônica de combustível – um item, até então, disponível apenas em motos de alto preço e desempenho. Lançada em setembro de 2005, a Fazer tinha como grandes atrativos seu tanque com quase 20 litros, baixo consumo de combustível e conforto.

Até o lançamento da nova geração, batizada de "Fazer 250 ABS" e mostrada no Salão Duas Rodas 2017, foram vendidas mais de 275 mil unidades da antiga Fazer 250. Nesses 12 anos, a Fazer manteve o mesmo quadro e motor, mas teve diversas versões e mudou visualmente. Um exemplar da primeira geração, lançada em 2005, pode ser encontrado a partir de R$ 5.500

Com boa procura no mercado, a 250cc da Yamaha tem excelente liquidez, ou seja, é vendida rapidamente. Os valores começam em R$ 5.500, para ano/modelo 2005, e vão até R$ 13.500 pela última geração da Fazer 250, fabricada em 2017.

Seu motor de um cilindro, 249,5 cm³, duas válvulas, com arrefecimento a ar e radiador de óleo é um dos destaques por sua confiabilidade e bom rendimento. De funcionamento suave, o motor nasceu com 21,5 cv de potência máxima a 8.000 rpm, além de bons 2,1 kgf.m de torque a 6.500 giros para carregar seus 137 kg. Com a Fazer é possível fazer acelerações vigorosas, ter segurança nas ultrapassagens e manter velocidade de cruzeiro de 120 km/h com facilidade.

Além do bom desempenho, o baixo consumo do motor sempre foi uma marca registrada. Pode-se chegar com facilidade aos 30 km/litro. Como seu tanque tinha capacidade para 19,2 litros, era possível rodar mais de 500 km sem abastecer. Uma das poucas reclamações dos proprietários é o fato do modelo ter câmbio de apenas cinco marchas.

Mudanças ao longo dos anos Revolucionária: Fazer 250 foi primeira moto pequena com injeção eletrônica

Apresentada em 2005, mas já como modelo 2006, a Fazer 250 teve algumas mudanças significativas ao longo dos anos. A primeira delas aconteceu em 2011.

Nesta "segunda geração" do modelo, o comportado farol redondo de 2005 deu lugar a um conjunto óptico triangular e facetado; o tanque recebeu novas aletas e a alça da garupa mudou junto com rabeta e lanterna. O painel, totalmente renovado, trazia velocímetro digital e conta-giros analógico. Uma pintura mais jovem combinava com as novas rodas e, finalmente, a Yamaha adotava o freio a disco na traseira da Fazer 250. Segunda geração de 2011 ganhou visual novo e freio a disco na traseira

Em 2012, estreou o motor bicombustível, chamado de BlueFlex pela Yamaha, permitindo que se usasse gasolina e etanol em qualquer proporção. O modelo recebeu pré-filtro de combustível no interior do tanque, válvulas com palhetas, filtro externo de combustível e nova vela de ignição. Ganhou também um novo mapeamento da ECU (Unidade de Controle do Motor) para dosar com precisão a quantidade exata de combustível de acordo com a necessidade da moto. O que, teoricamente, deixou a Fazer ainda mais econômica.

Para 2016, a versão a gasolina saiu de linha. Ficou apenas a Fazer 250 BlueFlex, que passou por um face-lift. As aletas do tanque mudaram e o painel tornou-se totalmente digital. O tanque adotou tampa com padrão aeronáutico, mas teve sua capacidade reduzida de 19,2 litros para 18,4 litros.

Cuidados ao comprar Peças de reposição de boa qualidade indicam dono cuidadoso 

Conversamos com Alexandro Sauro, 44 anos, que, há quase trinta, trabalha como mecânico de motocicletas, inclusive com passagens por concessionárias da marca. Segundo Sauro, a Fazer não tem "defeitos crônicos". Um problema recorrente nas primeiras versões – até 2011 – era o pino de fixação da biela ao virabrequim. Caso o cliente reclamasse do ruído excessivo em função do problema, a peça era substituída pela concessionária.

Alexandre, porém, recomenda que o comprador se atenha ao histórico de manutenção e as peças usadas na reposição. "Pneus, pastilhas e relação de baixa qualidade mostram que o proprietário não era tão zeloso com a moto", afirma o profissional. Ele também lembra da importância de verificar se a moto passou pelas campanhas de recall convocadas pela fábrica (veja box). Motor é econômico e não apresenta problemas crônicos

Com preços entre R$ 5.500 (2005/2006) até R$ 13.500 (2017/2017) existem muitas motos disponíveis nos sites de classificados, por isso vale fazer uma busca com calma e critério. Tomando essa atitude é possível encontrar uma Yamaha Fazer em boas condições. Não se esqueça de pedir a chave reserva e o Manual do Proprietário com as revisões carimbadas, prova de que a moto foi bem cuidada. (Texto: Cicero Lima / fotos: INFOMOTO)

Lista de recalls Antes de comprar uma usada confira se o antigo proprietário fez os recalls 

Em quinze anos de história a Fazer 250 passou por uma série de recalls, veja:
Modelo 2016/2017 – falha nos contatos, moto pode desligar
Modelo 2006 a 2008 – suspensão traseira. Troca de componentes da balança
Modelo 2010/2011 – Substituição dos pneus fornecidos pela Pirelli

Manutenção Painel da última geração da Fazer 250, lançada em 2016, era totalmente digital

Saiba quanto vai gastar para cuidar de um Fazer 250 usada. Confira os custos de algumas peças originais, cotados em concessionárias.
– Manete de freio – R$ 24,75
– Manete de embreagem – R$ 30,51
– Filtro de ar – R$ 76,71
– Filtro de óleo – R$ 45,00
– Pastilha freio dianteira – R$ 106,66
– Pastilha de freio traseira – R$ 134,91
– Disco de freio dianteiro – R$ 267,76
– Disco de freio traseiro – R$ 306,03
– Relação completa – R$ 543,94
– Cabo do acelerador (completo) – R$ 159,25

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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