Nova Kawasaki Z900 tem motor potente e ciclística afiada por R$ 41.900
Infomoto
07/10/2017 08h00
Muitas das nakeds mais famosas fazem (ou fizeram) sucesso em função de seu potente motor de quatro cilindros em linha, ciclística amigável e facilidade de pilotagem. Características presentes na linha Z da Kawasaki desde o primeiro modelo, a Z1, lançada em 1972 e que se tornou referência no segmento.
A mais nova representante da família, a Z 900 chega ao Brasil com a missão de substituir a Z 800. Seus atributos são motor maior e mais potente (125 cv), quadro e suspensões novas e menos peso (210 kg em ordem de marcha). Cotada a R$ 41.900 (sem frete) o modelo já está nas lojas nas cores verde, preta e prata.
A arquitetura de quatro cilindros em linhas garante bom desempenho, baixos níveis de vibração e aquele urro peculiar. Para agradar ainda mais aos ouvidos dos fãs, a Kawa desenhou a caixa de ar e os dutos para que a aspiração do motor também pudesse ser ouvida. E o som ainda varia de acordo com a rotação do motor.
O propulsor tem 948 cm³ de capacidade, 16 válvulas, e refrigeração líquida. Com 125 cavalos a 9.500 rpm – oito a mais do que os 113 cv da Z 800 – oferece bom torque em médios regimes até o máximo de 10,1 kgf.m a 7.700 giros. O câmbio é de seis marchas, com a última over-drive para que o motor gire menos na estrada.
Regime de 21 kg
Quadro em treliça pesa somente 13,5 kg
Completamente novo, o chassi da Z 900 é do tipo treliça em tubos de aço. Pesa 13,5 kg com o motor fazendo parte da estrutura (fixado em cinco pontos). A balança traseira também é leve. Moldada em aço, pesa 3,9 kg. A perda de peso em relação à antecessora é impressionante: 21 kg a menos do que a Z 800.
As suspensões agora também são dignas de uma moto com mais de uma centena de cavalos de potência. Na dianteira, a suspensão invertida (upside-down) é totalmente ajustável e tem curso de 120 mm. Na traseira, o monoamortecedor, também com regulagem total, tem 140 mm de curso.
As rodas em liga leve de 17 polegadas são calçadas com pneus esportivos sem câmara. Na dianteira, medida 120/70 ZR, e 180/55, na traseira. O conjunto de freios é composto por discos de 300 mm na frente, e disco simples de 250 mm, atrás – ambos em formato margarida. O sistema ABS é o único auxílio eletrônico da Z 900.
Na busca de agradar todo tipo de público, inclusive as mulheres e os iniciantes, a Kawasaki apostou na redução da altura do banco. Estreito e com apenas 795 mm de distância do solo permite que a maioria dos pilotos apoie os pés no chão com facilidade. O peso de 210 kg (em ordem de marcha) também facilita o controle em baixa velocidade.
Completo, o painel multifuncional tem tela de LCD com diversas informações, entre elas, marcha engatada e a luz ECO, que informa uma pilotagem econômica. O shift light pode ser regulado para alertar para a troca de marchas entre 5.000 e 11.000 rpm.
Mercado
Por mais que tenha uma história de sucesso, o badalado motor de quatro cilindros e um design atraente, a Z 900 terá que superar concorrentes de peso. A renovada Triumph Street Triple S tem apenas 113 cv no seu motor de 765 cm³ por R$ 38.990. Outra tricilíndrica, a Yamaha MT-09 tem 115 cv de potência por R$ 37.900. Podem não ter o apelo dos quatro cilindros, mas oferecem bom desempenho e mais tecnologia, como controle de tração ou modos de pilotagem, itens que faltam na recém-chegada Kawasaki Z 900, vendida por R$ 41.900.
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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.
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