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30 dias com o Honda SH 300i: cidade e estrada

Infomoto

31/03/2017 16h27

Motor de 300cc e 24,9 cv tem desempenho de sobra para pegar uma rodovia 

Já estamos rodando com o Honda SH 300i há mais de uma semana. Nos primeiros dias, usei o scooter nos deslocamentos diários entre minha casa e a redação – cerca de 16 km -ida e volta – e também para ir a compromissos, tudo dentro da cidade de São Paulo. Nessas condições, o SH 300i surpreende pela sua agilidade. Embora a primeira vista seu porte avantajado impressione, já que pesa 162 kg a seco e tem 2,13 m de comprimento, o scooter de 300cc da Honda é estreito (728 mm) e circula com facilidade entre os carros. O ângulo de esterço é muito bom: é possível mudar de corredor no trânsito com facilidade como em scooters menores. No início a altura de 805 mm do assento "assusta" um pouco, mas depois que peguei o jeito – mesmo eu com 1,71 m consegui controlar o scooter.

A "culpada" pela altura do banco são as rodas grandes de 16 polegadas e os pneus altos. Se por um lado deixam o SH 300i muito alto, são elas que tranmsitem mais segurança no asfalto ruim de São Paulo. As suspensões também ajudam. Têm bom curso – 115 mm na dianteira e 114 mm na traseira – e auxiliam a absorver as imperfeições do piso. O funcionamento é semelhante a uma naked como a Honda CB Twister ou a Yamaha Fazer 250.  Ao enfrentar uma garoa, o para-brisa alto mostra sua função. Farol de LED ilumina bem

Mas foi quando precisei ir à São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista, que deu para sacar a vantagem de um scooter com melhor desempenho. Por muitos anos morei no ABC e percorria cerca de 25 km até meu trabalho aqui na capital – 15 km de Via Anchieta e 10 dentro da cidade. O motor de 300cc e 24,9 cv consegue facilmente rodar na velocidade máxima da via, 110 km/h, e ainda tem sobra para ultrapassagens. As rodas e a suspensões mantêm o scooter estável, mesmo com vento lateral e com o alto para-brisa.

Rodas aro 16 deixam o SH 300i alto, mas em conjunto com as suspensões enfrentam melhor as imperfeições do piso

Por falar nele, a ida à São Bernardo ajudou a entender sua utilidade. Explico. São Bernardo fica no topo da Serra do Mar. Garoa e neblina, portanto, fazem parte do clima da cidade, que é geralmente mais frio e úmido do que Sampa. Quando voltava de lá, começou a garoar, e o grande escudo me protegeu evitando que eu me molhasse. Vale dizer que nessas condições muitos pingos se acumulam no para-brisa e atrapalham um pouco a visualização – isso não me incomodou muito, mas os colegas aqui da INFOMOTO reclamaram um pouco. Acredito que seja uma questão de costume. Veremos. Na próxima semana, vamos rodar sem o para-brisa. Acompanhe.

Melhor consumo na cidade foi de 29,9 km/l; o pior 28,7 km/l

Outro item importante que avaliamos nesses 10 dias foi o consumo de combustível. Na cidade, a média variou de 28,7 km/l e 29,9 km/l. Na estrada, caiu um pouco: 26,88 km/l ida e volta até Atibaia (SP) pela Rodovia Fernão Dias, que tem muitas curvas e uma serra no meio do caminho; e 29,2 km/l na plana e reta Rodovia dos Bandeirantes. (Por Arthur Caldeira)

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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