30 dias com a Ducati Scrambler Icon: cidade e estrada
Infomoto
30/11/2016 14h20
Nas primeiras duas semanas com a Ducati Scrambler Icon rodei em circuito misto. Ou seja: em perímetro urbano e também na estrada. De casa para a redação da INFOMOTO, sempre pelos corredores que ligam a zona Norte a Sul de São Paulo – avenidas Tiradentes e 23 de Maio – e nos finais de semana segui para o interior do estado, via Rodovia dos Bandeirantes e Anhanguera. No total foram mais de 400 quilômetros rodados.
Nas ruas e avenidas esburacadas as suspensões absorveram bem os impactos, isolando o piloto. Embora o ângulo de esterço seja reduzido, as trocas de direção são facilitadas pelo guidão largo – fique atento para não bater nos retrovisores dos carros. As manobras ao estacionar se tornam simples graças ao peso de 170 kg e a possibilidade de apoiar os pés no chão. Ainda na cidade, os freios ABS são grandes aliados, principalmente nas inevitáveis fechadas no trânsito. No dia a dia ir e voltar do trabalho com a Scrambler foi bem divertido, principalmente pelo torque do motor que rodar permite em terceira ou quarta marcha com giros mais baixos, sem "batidas de pino".
Nas saídas de farol foi possível largar na frente dos automóveis e outras motos quando a luz verde do semáforo acende. Já na estrada, as retomadas foram feitas de forma bastante vigorosa. O propulsor "enche" de forma gradual, sem trancos e sustos, e tem fôlego em uma ampla faixa de giros. Esse bom rendimento se deve também ao bom escalonamento do câmbio de seis velocidades.
Na estrada foi agradável rodar com a Scrambler por conta do seu assento largo e com espessa camada de espuma. A ergonomia da moto é muito semelhante aquela adotada pelas trail da década de 1970: braços abertos, costas eretas e pernas pouco flexionadas. No geral, o conjunto oferece ao piloto um bom nível de conforto, o ponto negativo é ausência de proteção aerodinâmica.
Na estrada foi possível curtir o motor em "V" e seus 75 cv de potência em ação, não foi preciso acelerar muito para manter os 120 Km/h e ainda havia muito fôlego para ultrapassagens. Usada de forma racional, o consumo de gasolina ficou entre 18 Km/l e 20 km/l. (Aldo Tizzani)
Infomoto
Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.
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