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Ducati Diavel 1260 tem conforto de moto custom com desempenho de esportiva

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30/11/2019 06h00

Novo motor de 1262 cm³ tem 162 cavalos de potência

Com a proposta de ser uma moto com visual custom, mas o desempenho de uma naked esportiva, a Ducati Diavel surpreendeu a todos desde o seu lançamento, em 2011. A nova geração do modelo chega agora ao Brasil, com um novo motor, de maior capacidade, alterações na parte ciclística e melhorias ergonômicas. A Diavel 1260 desembarca no Brasil apenas em sua versão "S", topo de linha, que será vendida por R$ 94.900. Preço sugerido é alto: R$ 94.900

Difícil de definir, a Diavel tem o porte imponente de uma custom, a posição de pilotagem relaxada de uma naked e, agora, o motor esportivo da marca italiana, o mesmo que equipa a Monster 1200 e a Multistrada 1260. Com dois cilindros em "L", 1262 cm³ e arrefecimento líquido, o propulsor produz 162 cv (159 hp) a 9.500 rpm, além de bons 13,6 kgf.m de torque máximo a 7.500 giros. Destaque para o comando de válvulas variável, que melhorou o torque em baixo regimes, mas sem prejudicar a potência em altos giros.  Motor de 1262 cm³ com comando de válvulas variável é principal novidade da Diavel

Dotado do mais moderno pacote eletrônico disponível no mercado, com três modos de pilotagem, controle de tração, freios ABS, sistema anti-derrapagem, enfim… todo controle que você pode imaginar, o motor é fácil de domar e casa muito bem com a power cruiser. Proporciona acelerações vigorosas, que fazem o piloto se segurar no guidão, e mantém o fôlego para rodar em velocidades bem mais altas do que o permitido.Diavel é até ágil e fácil de pilotar, apesar do porte avantajado e entre-eixos longo

No trajeto para conhecer o novo modelo, pela Rodovia dos Bandeirantes, a diversão era acelerar tudo na saída do pedágio, enquanto trocava as marchas do câmbio de seis velocidade, com quick-shift, sem o uso da embreagem. A aceleração lembra muito de uma superesportiva – tanto que a Diavel 1260 S tem até controle de largada, como uma 'drag bike'Painel tem tela colorida de TFT, mas é difícil de visualizar sob a luz solar

Mas o bom desempenho cobra seu preço com um alto consumo de combustível. O computador de bordo indicava 16 km/litro de combustível no painel, que também é novo e completo, com tela colorida de TFT, mas dependendo da luz solar é difícil de visualizar.

ConfortávelAssento largo e pedaleiras centralizadas garantem uma boa posição de pilotagem

Mas em cerca de 100 km de avaliação, a Diavel 1260 S mostra seu lado custom. O assento baixo (a apenas 780 mm do solo) também é bastante confortável. O modelo ganhou até mesmo um Cruise Control (piloto automático) no punho esquerdo. Pode ser uma boa companheira de viagem, ao menos para o piloto. A garupa fica com as pernas bem flexionadas e sem apoio – mas para isso, a Ducati vende uma grande variedade de acessórios que vão de sissy-bar (encosto para garupa), malas laterais e até um útil para-brisa, para desviar o vento.

Mas, embora seja longa – com 1,6 metros de distância entre-eixos – e muito estável nas retas, a nova Diavel 1260 S teve uma redução no ângulo de cáster, que a deixou mais ágil nas mudanças de direção. Nem parece que o pneu traseiro tem 240 mm de largura, tamanha a facilidade para ziguezaguear entre as faixas de rolagem. Farol de LED tem novo formato

Nas curvas, o modelo mostra sua "versão" naked, com uma posição de pilotagem ereta, em função do guidão largo e das pedaleiras centralizadas. Segundo a marca, a ergonomia foi um dos pontos que mereceram atenção dos engenheiros da marca nessa nova geração. Em uma posição de 'controle' da moto, o piloto mal percebe que ela pesa 244 kg em ordem de marcha.

Ciclística aprimoradaGeometria do quadro foi revista e suspensões são novas

Vale destacar também as melhorias na parte ciclística da nova Diavel 1260, ainda mais na versão "S". Com garfo telescópico invertido, na dianteira, e um belo monobraço traseiro – ambos da grife Öhlins e totalmente ajustáveis, a Diavel, apesar de seu DNA custom, é ágil nas curvas e transmite segurança. Impressiona como uma moto desse porte é tão fácil de pilotar e "deita" com tanta facilidade.

Nos freios, A Diavel não fica devendo em nada aos modelos esportivos da marca italiana. Dois discos de freio de 320 mm de diâmetro são mordidos por pinças radiais monobloco Brembo, na dianteira. E, na traseira, um disco de 265 mm com pinça de dois pistões, também da grife Brembo. Com uma frenagem eficaz e a ajuda do ABS Bosch otimizado para as curvas, o sistema para essa "diabólica" Ducati com muita segurança.

Design inconfundívelTraseira minimalista e pneuzão traseiro de 240 mm são marcas da Diavel

Além de divertida de pilotar, moderna e com bom desempenho, a Diavel 1260 S se destaca por seu design inconfundível. Difícil quem não torce o pescoço para ver essa Ducati passar. Musculosa na parte dianteira, com um grave ronco saindo pela ponteira de escapamento, e uma traseira minimalista, que lhe rendeu o apelido de moto do Batman, a Diavel chama a atenção.

Mas, apesar das belas formas, a Ducati não esqueceu de torná-la uma moto funcional. Pode não ser versátil como uma bigtrail e nem esportiva como uma naked, mas deve agradar quem quer uma moto diferente e fácil de tocar para umas voltas no fim de semana. Até encara uma viagem mais longa, com os devidos equipamentos, com conforto e desempenho.

Sem concorrentes diretas, por sua proposta inusitada, a Ducati Diavel 1260 S tem tudo para repetir o sucesso de sua antecessora no Brasil – já foi um dos modelos mais vendidos da marca por aqui. Só esbarra no alto preço – R$ 94.900 – e no alto custo de manutenção da marca no Brasil. (texto Arthur Caldeira / fotos Mario Villaescusa)

Ducati Diavel 1260 S

Motor Dois cilindros em "L, 8 válvulas, comando desmodrômico, e refrigeração líquida
Diâmetro x Curso 106,0 X 71,5 mm
Taxa de compressão 13:1
Capacidade 1.262 cm³
Potência Máxima 162 cv a 9.500 rpm
Torque Máximo 13,1 kgf.m a 7.500 rpm
Alimentação Injeção Eletrônica
Partida Elétrica
Câmbio 6 velocidades com quickshift
Embreagem Multidisco banhada a óleo
Transmissão final Corrente
Suspensão
Dianteira Garfo telescópico Öhlins com tubos de 48 mm, totalmente ajustável
Traseira Amortecedor Öhlins totalmente ajustável
Freios
Dianteiro Disco duplo flutuante de 320 mm, com pinça radial monobloco Brembo de quatro pistões e ABS
Traseiro Disco simples de 265 mm com pinça flutuante de dois pistões e ABS
Rodas e Pneus 
Dianteiro 120/70- ZR17
Traseiro 240/45- ZR17
Quadro Treliça em aço tubular
Altura do Assento 780 mm
Distância do Solo não disponível
Distância entre-eixos 1.600 mm
Tanque de combustível 17 litros
Peso (em ordem de marcha) 244 kg
Cor Preta
Preço R$ 94.900

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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