Brasil – Peru: 12 dias e 6.000 km entre dois oceanos
 Os quatro moto-jornalistas e as motos no pier junto ao Oceano Pacífico em Lima
Os quatro moto-jornalistas e as motos no pier junto ao Oceano Pacífico em Lima
Depois de 12 dias de viagem, a Expedição Interoceânica completou a ligação Atlântico-Pacífico. O roteiro de 6.000 km começou no Guarujá, litoral de São Paulo (SP), e terminou em Lima, capital peruana, às margens do oceano Pacífico.
O trajeto, percorrido pelos jornalistas/motociclistas Cicero Lima (Infomoto); Quinho Caldas (Revista da Moto!); Marcos Barros (Revista Moto Adventure) e Téo Mascarenhas (O Estado de Minas) foi ideal para testar a Honda CRF 1000L Africa Twin em diversos tipos de estradas, relevos e climas. Seu painel marcou temperaturas extremas. Nos altiplanos da Cordilheira dos Andes 4°C, já na nas praias de Lima chegou a máxima de 39°C. Entre Cusco e Nazca, o trecho mais difícil do roteiro: muitas curvas
Entre Cusco e Nazca, o trecho mais difícil do roteiro: muitas curvas
Além do combustível, uma curiosidade do Peru são as excelentes estradas. Desde que entramos no país vizinho, o asfalto não tinha buracos e a sinalização chamava a atenção pela eficiência. Porém, bastava olhar para o lado da estrada e ver a altura dos precipícios para justificar tantos cuidados. Cusco, a 3.400 metros de altitude, foi a nossa base para chegar a Machu Pichu. Um trajeto de trem, a partir de Ollantaytambo, e mais uma subida íngreme em um micro-ônibus levou o grupo até a "Cidade Sagrada" dos Incas.
 A "Cidade Sagrada" dos Incas é parada obrigatória para qualquer turista
A "Cidade Sagrada" dos Incas é parada obrigatória para qualquer turista
Deixando Cusco para trás encaramos o trecho mais desafiador do roteiro. Apesar da cistância de apenas 656 km o trajeto até Nazca levou pouco mais de 12 horas, por conta das curvas. Rumamos para Nazca e logo após passar por Puquio encontramos a estrada em péssimas condições. Em meio à chuva forte e neblina densa surgiam grandes buracos e trechos sem asfalto em meio às curvas fechadas. A suspensão absorvia bem os buracos, enquanto a roda de 21 polegadas (na dianteira) transmitia maior confiança para a viagem.
 O pôr do sol se pondo a esquerda, no oceano Pacífico
O pôr do sol se pondo a esquerda, no oceano Pacífico
Já era noite e o farol de LED da Africa Twin contribuiu para manter o rumo e o foco na estrada. Quando a chuva parou e a neblina se dissipou conseguimos ganhar mais velocidade. Em meio às curvas cada vez mais travadas e uma indescritível descida surgiram as luzes de Nazca mostrando que o trecho de Cordilheira ficara para trás.
 As linhas de Nazca, a imagem do colibri vista do avião
As linhas de Nazca, a imagem do colibri vista do avião
Em Nazca, a principal atração são as famosas "Linhas" que podem ser vistas com mais clareza em um voo sobre as incríveis figuras. Para quem curte atrações radicais é imperdível, tanto pelo visual, quanto pelas manobras feitas pelos experientes pilotos do bimotor. Eles são acostumados com a tarefa e parecem se divertir com a "força G" atuando sobre os turistas nesse incrível passeio.
 Bigtrail da Honda na rodovia Panamericana, já em território peruano
Bigtrail da Honda na rodovia Panamericana, já em território peruano
Depois de Nazca, seguimos beirando o litoral até a capital, Lima. Nas longas retas da Rodovia Panamericana o motor de dois cilindros, com 92 cv de potência, permitia esticadas de até 180 km/h sem que a moto perdesse a estabilidade, apesar do forte vento lateral. O consumo de combustível variou entre 19 km/litro e 14 km/litro. Como o tanque tem capacidade para 18,8 litros, a autonomia superou os 300 km.

As Africa Twin em primeiro plano e, ao fundo, Lima, capital do Peru
Depois de tanto tempo na estrada, ver o deserto do lado direito e o oceano Pacífico ao lado esquerdo foi emocionante. Quando o sol se escondeu atrás do mar, foi como receber um troféu por concluir a longa expedição.
(Texto: Cicero Lima / Fotos: Renato Durães)
 Cicero Lima, Quinho Caldas, Teo Mascarenhas (em pé), Marcos Barros e o fotógrafo Renato Durães
Cicero Lima, Quinho Caldas, Teo Mascarenhas (em pé), Marcos Barros e o fotógrafo Renato Durães
Agradecimentos – Alguns companheiros, que estavam no carro de apoio foram fundamentais nos momentos mais críticos dessa viagem, a eles minha gratidão. Cassiano Marques (EME Amazônia), Osvaldo Dias (Grupo Star) e Marcelo Vigneron.
 Grupo de aventureiros que acompanhou a expedição Interoceânica a partir de Rio Branco, capital do Acre
Grupo de aventureiros que acompanhou a expedição Interoceânica a partir de Rio Branco, capital do Acre

 
     
     
    










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