30 dias com a CB 500F: ágil e econômica na cidade
Motor tem bom torque e baixo consumo: entre 22 e 25 km/l em uso urbano
Nesta primeira semana de testes com a Honda CB 500F pilotei 100% do tempo em percurso urbano. De casa à redação, além de idas e vindas para participar de reuniões e coletivas de imprensa. Foram 150 quilômetros percorridos em cinco dias, nas principais vias de ligação entre as zonas Norte e Sul da cidade de São Paulo. O trânsito da capital paulista foi o cenário ideal para verificar o comportamento desta naked de média cilindrada da Honda.
Antes de subir na moto, fiz aquela inspeção básica no modelo. Verifiquei faróis, piscas, lanterna e luzes de freio, além de possíveis avarias (riscos ou amassados) e nível do óleo do motor. Tudo OK! Depois segui ao posto de gasolina para completar o tanque de combustível e calibrar os pneus. Realmente os pneus Dunlop Sportmax de perfil esportivo que calçam rodas de 17 polegadas estavam com a "pressão baixa"! O recomendado pelo fabricante é calibrar com 36 p.s.i., na dianteira, e 42 p.s.i., na traseira. Os valores podem ser facilmente verificados por meio de um adesivo fixado do lado esquerdo da balança – como na maioria das motocicletas. Rodar com os pneus murchos pode acelerar o desgaste, aumentar o consumo e prejudicar a segurança. O ideal é fazer este check-list semanalmente.
Motor com torque
Mas como é rodar com a CB 500F no trânsito urbano? Quando a luz verde do semáforo acende, engato a primeira marcha com facilidade. Giro o acelerador com vontade, o bom torque do bicilíndrico surge e empurra a Honda na frente dos outros veículos com muita propriedade. A moto tem bom torque, e os giros crescem de forma linear, sem engasgos.
Pneus com baixa calibragem prejudicavam absorção de impactos: verifique os principais itens da sua moto semanalmente
Agilidade é um dos pontos fortes deste modelo. A naked faz mudanças bruscas de direção com muita precisão e contorna curvas em baixa velocidade com bom ângulo de inclinação. No trânsito carregado rodar no corredor não é uma tarefa tão difícil, principalmente quando se tem motor. Com a quarta marcha engatada é possível percorrer os estreitos corredores apenas usando o torque – como se fosse um scooter -, sem reduzir marcha e sem "bater pino", a 50/60 km/h (a 3.000 giros). Depois, com o trânsito fluindo, o ideal é rodar normalmente em uma faixa de rolagem. A 3.000 rpm, com sexta marcha engatada, a naked já estava a mais de 65 km/h – indicado no velocímetro digital.
Em função de sua configuração e do percurso urbano, a CB 500F fez entre 22 e 25 km/l, conforme nossas medições. Mas o painel de instrumentos, completo, traz um pequeno computador de bordo com consumo instantâneo e médio, que variou entre 20 e 24 km/l. De qualquer forma, um baixo consumo para um motor de quase 500cc. A cor azul do display oferece boa visualização na pilotagem noturna.
O propulsor é um misto de progressividade e suavidade, já que o motor "enche'' de forma linear e conta com baixos níveis de vibração. Só para lembrar, a moto está equipada com motor bicilíndrico de 471 cm³, potência de 50,4 cv a 8.500 rpm e torque de 4,55 kgf.m a 7.000 giros.
Outro detalhe que chama a atenção é o câmbio de seis velocidades. Bem escalonadas, com as primeiras curtas e as três últimas mais longas, proporciona engates suaves e precisos.
Painel tem computador de bordo básico e iluminação azul oferece boa visibilidade à noite
A versão avaliada nesses 30 dias pela INFOMOTO não conta com sistema de freios ABS, por isso resolvi adotar uma postura de pilotagem mais defensiva. Dessa forma o freio dianteiro, com disco simples de 320 mm, se mostrou bem dimensionado para esta missão urbana. Já o freio traseiro, em função também da boa distribuição de peso, não causa derrapagens muito frequentes – é preciso "afundar" o pé para derrapar.
Ergonomia
Câmbio é preciso e bem escalonado: CB 500F arranca na frente nos semáforos
Ergonômica, na CB 500F o piloto fica com os braços e pernas semiflexinados, numa postura de ataque, porém confortável. Em um assento individual, o garupa tem bom espaço com largas alças para o apoio das mãos. Além disso, as pedaleiras estão fixadas no sub-quadro, que aumenta o conforto, com menos vibração. Em resumo, a naked média da Honda teve bom desempenho no caótico trânsito urbano de São Paulo. Semana que vem contamos como a CB500F se comportou na estrada. (por Aldo Tizzani)
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