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Um olhar feminino sobre a Honda CRF 250L

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31/01/2013 10h00

A fotógrafa Kohide Nakashima fez cliques artísticos da CRF 250L a pedido da Honda

O que a Honda busca ao criar um design para moto off-road? Para tentar responder essa pergunta, a marca recorreu aos olhares mais críticos, observadores e criteriosos do mundo: o das mulheres japonesas. O "experimento" da Honda teve duas etapas, ambas acompanhadas por Manehiro Sugimoto, Engenheiro Chefe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda no Japão e envolveu a trail CRF 250L. A primeira consistiu em uma abordagem mais artística e contou com a participação da fotógrafa Kohide Nakashima, conhecida por lá pelas suas habilidades em "capturar as qualidades essenciais transmitidas pelos objetos", segundo a Honda.

A primeira impressão de Kohide ao fotografar a moto foi compará-la com um inseto. Um louva-deus, para ser mais exato. "Então me pareceu daqueles que podem andar sobre as águas por causa das pernas longas. Eu digo que senti isso porque não sou familiarizada como motocicletas. A forma simples e funcional da CRF 250L me remeteu aos insetos. Eu considero as formas das criaturas vivas, não apenas insetos, como a arte suprema e senti a mesma fascinação com a CRF 250L", comentou Kohide.

"Eu queria reproduzir o brilho que nos permitiu sentir a vida nela. Usei uma luz fluorescente de fundo para dar a impressão de que a própria CRF 250L está brilhando", disse a fotógrafa Kohide Nakashima

Segundo Kohide, a traseira da moto passa uma sensação altiva e musculosa, como um puro-sangue.

Entretanto, ao longo da sessão de fotos, as impressões da fotógrafa saíram um pouco do mundo dos insetos. "A CRF 250L também se assemelha a uma espada japonesa. Mas a medida que eu fui clicando, ela apareceu outra coisa: um puro-sangue. Por causa da traseira dela passa uma sensação altiva e musculosa". Essa visão foi de encontro às expectativas da Honda. "As funções de um puro-sangue e de uma espada japonesa são ambos expressos em suas formas. Se a forma geral da moto passa a imagem de algo conectado às suas funções, é o que desejamos", comenta o engenheiro Manehiro Sugimoto.

A "mode-rider" Megumi Tamon e Manehiro Sugimoto,  do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda no Japão

A segunda parte do estudo foi prática. Desta vez, Sugimoto convidou Megumi Tamon, que descreve a si mesma como uma "mode-rider" (mistura entre modelo e piloto). Megumi é conhecida no Japão por aparecer em revistas, filmes e eventos motociclísticos. Seus comentários e impressões de pilotagem de motos são bastante respeitados por lá, uma vez que ela possui a estrutura física da maioria das mulheres japonesas. "Ela é fácil de pilotar e me faz acreditar que eu posso ir a qualquer lugar com ela", disse Megumi após pilotar a CRF 250L por uma floresta.

Megumi Tamon e Manehiro Sugimoto pilotaram a CRF 250L por uma floresta

Mais uma vez, as opiniões bateram. "A sensação de poder ir a qualquer lugar nela significa que sua função está expressa na sua forma em si. Esse é o coração do design de um modelo off-road", finalizou Sugimoto. A Honda CRF 250 L já foi anunciada para o mercado brasileiro (como foi mostrado aqui) e deve chegar às concessionárias no mês que vem. (por Carlos Bazela)

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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