Passado e presente se encontram no Enduro da Independência

Durante a prova, os pilotos passaram por diversos locais históricos

O Enduro da Independência é mais do que poeira e mato. É um encontro de dois universos. Temos pilotos utilizando alta tecnologia, como o GPS que monitora cada um deles durante o percurso, e os equipamentos de proteção desenvolvidos com o que há de mais moderno para proteger os trilheiros. Na outra ponta, Minas Gerais também é conhecida pela riqueza de cidades históricas e caminhos que permanecem conservadas como eram na época.

Entre os locais históricos por onde passa o Enduro da Independência estão trechos da Estrada Real, criada na época do Brasil Colônia para facilitar o trânsito e o transporte de carga. A principal função da Estrada, entretanto, era levar as riquezas extraídas no Estado de Minas para as mãos dos portugueses.

A competição passou por trechos da Estrada Real entre os municípios de São Bartolomeu, Mariana e Sabará

Outro ponto que merece destaque no caminho da prova é o pequeno vilarejo de São Bartolomeu. Localizada a 13 quilômetros de Ouro Preto, a vila de São Bartolomeu tem cerca de 240 habitantes e chama atenção pelas casas com arquitetura do período Barroco. Acompanhar o Enduro da Independência é mais do que conferir a destreza dos pilotos que se aventuram na prova de regularidade, mas também conhecer in loco um pouco da história do Brasil em um tempo no qual ele não era tão independente assim. (texto e fotos: Carlos Bazela)

A arquitetura barroca de São Bartolomeu foi pano de fundo para as máquinas do Enduro da Independência

O clássico e o contemporâneo se encontram em diversos pontos da competição

O barulho das motos de trilha já são velhos conhecidos dos mineiros