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Evento em Curitiba-PR reúne motos customizadas, skate e atrações radicais

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02/09/2018 08h00

Wall of Death, uma das atrações que fez sucesso no BMS Motorcycle 2018

Curitiba (PR) recebeu de 17 a 19 de agosto a quarta edição do BMS Motorcycle. O evento foge aos padrões tradicionais dos encontros de motos e aposta na diversidade de atrações para agradar todo tipo de público entre adultos e crianças, motociclistas ou não.

O BMS aconteceu na Usina 5, uma antiga fábrica de açúcar que fica em uma área industrial. Hoje revitalizado, o local recebe diversos eventos e tornou-se um espaço cult. Durante os três dias, 18.000 pessoas estiveram no evento, segundo os organizadores, sendo que muitos desses visitantes tiveram a chance de acompanhar atrações pouco conhecidas.Globo da Morte e muito rock'n'roll atraiu 18.000 pessoas ao evento

Entre elas, o Wall of Death. Conhecido como "muro da morte" onde as motos rodam inclinadas em um círculo cercado por paredes de madeira. Outra novidade foi a prova de Dirt Track, a modalidade, famosa nos Estados Unidos, reúne pilotos com motos Harley-Davidson Sportster 883 que competem em uma pista de terra com formato oval. No Velocross, as motos off-road aceleram numa pista repleta de curvas. Entre as motos ainda havia exibições de wheeling e a prova de marcha lenta – que exige muita habilidade dos pilotos.Dirt track: em uma pista oval de terra, pilotos aceleraram suas Harley adaptadas

Em um clima que remete aos circos antigos, o Globo da Morte é outra atração que fez sucesso. Quando os integrantes da Equipe Cigano ligavam suas motos, o público se aglomerava ao redor da bola de aço para curtir as manobras ousadas e perigosas. Ao fim de cada apresentação, muitas crianças entravam no globo para fazer uma selfie com os pilotos.

CustomizadasEstúdios e oficinas de customização mostraram suas criações no evento

No Espaço dos Customizadores, estavam os artistas que transformam motos em obras de arte exclusivas. Ao todo, mais de trinta designers levaram suas obras para serem mostradas ao público. Além das personalizadas, havia os principais lançamentos da indústria que foram mostrados pelos fabricantes.Galera do skate também teve uma pista para se divertir sobre as "rodinhas"

Até quem não gosta de moto tinha como se divertir no BMS. A pista de skate, por exemplo, reuniu entusiastas e praticantes da modalidade. Também foi possível dar um "trato" no visual cortando o cabelo, aparando a barba, fazendo as unhas e, até mesmo, superar o medo e fazer tão desejada tatuagem.Pin-ups e motos customizadas: combinação garantiu ar retrô ao BMS 2018

Ainda havia uma grande variedade de roupas, calçados e acessórios à disposição do público. Quem gosta da cultura retrô, ficou feliz na loja de antiguidades e seus objetos curiosos – como os discos de vinil, bomba de gasolina e outros artigos colecionáveis. Carros e motos clássicos, garotas vestidas como pin-ups ajudaram a criar um clima vintage no evento.Havia área de alimentação para matar a fome e a sede: 12 mil litros de chopp foram consumidos nos três dias de evento

Este cenário, reunindo novidades e atrações clássicas, foi capaz de mostrar o crescimento da cultura da motocicleta no Brasil. Era possível ver famílias inteiras passeando com as crianças fazendo pose ao lado dos artistas enquanto cachorros também desfrutavam do local. Também havia muitas opções de alimentação e bebidas. O clima ajudou. Apesar de ser inverno, fez calor em Curitiba e foram consumidos 12 mil litros de chope.

Trabalho e empregosAtrações para todos: motos novas também tinham espaço

Montar a exposição de motos, as pistas e toda a estrutura de serviços exigiu vinte dias de trabalho. Além da diversão, esse tipo de evento também gera empregos. Segundo os criadores e organizadores, Cezinha Mocelin e Bruna Wladyka, 350 pessoas trabalharam diretamente ou de forma indireta para realizar o BMS 2018.

E o trabalho valeu a pena. Apesar do grande público e dos muitos veículos estacionados – cerca de 3.500 motos passaram por lá nos três dias – não houve incidentes ou tumultos. Saindo de Curitiba, a sensação é de que o BMS cumpriu seu objetivo, levando entretenimento e a cultura das motocicletas para todos: das diversas tribos de motociclistas até quem nunca sentou atrás de um guidão. (texto Cicero Lima, de Curitiba / fotos Baroniart/ Carlos Anselmo)Com motos Harley 883 adaptadas com pneus de cravo, pilotos aceleram no dirt track

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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