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Cinco passos para ter a placa preta na sua moto

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02/06/2018 08h00

Placa de "veículo de coleção" valoriza sua clássica na hora da revenda

Os veículos de coleção são cada vez mais populares. Somente no Estado de São Paulo existem 28.782 veículos com a placa preta, dentre os quais 1.987 são motocicletas. A diferença entre uma moto com status de antiga ou uma "velha" pode ser a justamente a placa preta. Chamada pelas autoridades de trânsito como Placa de Veículo de Coleção, a placa de fundo preto é um atestado que o veículo está em boas condições e mantém sua originalidade. Para consegui-la é necessário que o veículo atenda diversas exigências e o proprietário tenha paciência e dinheiro.

Os custos para ter a placa preta giram em torno de R$ 1.000 incluindo certificado de originalidade, vistoria, taxas e tributos. Para o colecionador Diego Rosa – que mantém o site www.motosclassicas80.com.br – o valor vale a pena, pois a placa preta valoriza a moto. "A placa preta é, antes de qualquer coisa, uma satisfação pessoal do proprietário, pois a cada ano que se passa, manter um veículo em perfeito estado de conservação é um desafio maior", completa Diego, proprietário de cinco motos com placas pretas. O colecionador deu dicas valiosas e explica em cinco passos como ter a placa preta na sua moto.

1 – Questão de idadeMotos fabricadas há, pelo menos, 30 anos podem receber a placa preta

O primeiro passo é a idade da motocicleta que deve ter, pelo menos, 30 anos de fabricação para ser elegível para a placa de coleção. O que vale é o ano de fabricação que consta no documento e não o ano/modelo.

2 – Tem que ser originalMoto precisa ser original e com todos os equipamentos de segurança em funcionamento

Se a moto tem mais de trinta anos, mas um monte de peças de outros modelos ou adaptações para continuar rodando, não pode receber a placa preta. Além disso, a moto deve estar em boas condições e com todos os equipamentos de segurança em perfeito estado de funcionamento. Aí sim é possível solicitar o Atestado de Originalidade.

3 – Como comprovar a originalidadeAtestado é emitido pelos clubes filiados à Federação Brasileira de Veículos Antigos

Para conseguir o Atestado de Originalidade é necessário ser sócio, pagar uma anuidade ou ter o aval de algum Automóvel Clube que seja filiado a FBVA (Federação Brasileira dos Veículos Antigos), veja a lista no site da entidade www.fbva.com.br. Além disso, o clube deve ser credenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O custo do atestado varia entre R$ 200 e R$ 600.

4 – Vistoria é fundamental
Feito o contato com o clube é a hora de passar na vistoria. Nesse processo o integrante do clube avalia as condições da moto, o funcionamento dos equipamentos de segurança e também a originalidade das peças. Depois que a moto estiver aprovada você receberá o Certificado de Originalidade.

5 – Encomendar a placaPlaca deve ser encomendada junto ao Detran 

Após conseguir o Certificado de Originalidade é a hora de reunir outros documentos necessários para o novo emplacamento. A moto deve estar licenciada e não ter débitos como multas, IPVA e DPVAT atrasados. Com os documentos originais da moto, comprovante de residência é preciso também ter o documento de transferência (CRV). Será necessário recolher a taxa de transferência, de R$ 181,34 no Estado de São Paulo, pois é como se a moto estivesse sendo transferida para você mesmo, mas agora com uma nova classificação. Em geral, a placa preta, que custa R$ 97,97, leva cerca de dez dias para ficar pronta. (Por Cicero Lima)

Placa "preta" vai mudar
Com a implantação das novas placas no padrão do Mercosul, prevista para 1º de dezembro, a placa preta estará extinta. Em seu lugar entrará a placa de Colecionador que tem como diferenciação apenas a cor das letras que será, segundo o Denatran, prateada. Entretanto, até lá, a placa preta ou de veículos de coleção ainda está valendo e pode ser solicitada. (Fotos: Diego Rosa, Bettina Theisinger e Reprodução)

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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