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Ducati aumenta potência e reduz preço da Monster 1200 S: R$ 59.900

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23/07/2017 10h00

Montada em Manaus, naked agora tem 152 cv de potência máxima a 9.250 rpm

A Ducati apresentou a Monster 1200S 2017 no Brasil com diversas melhorias e uma grande novidade: o modelo agora será montado em Manaus (AM) e estará disponível somente na esportiva versão "S", que traz freios e suspensões de especificações superiores. A boa notícia é que o preço foi reduzido consideravelmente: caiu de R$ 73.900, quando era importada, para R$ 59.900, agora nacionalizada.

"Além do preço mais competitivo, temos mais agilidade na reposição de peças com apenas uma versão", revelou Fernando Filie, gerente de marketing da Ducati no Brasil. Segundo o executivo, a previsão de vendas é de 100 unidades neste ano. A Monster 1200S já pode ser encomendada em duas opções de cores: o tradicional vermelho Ducati ou um novo e elegante cinza acetinado.Nova opção de cor Liquid Concrete Gray segue tendência de carros esportivos

Renovada para 2017, a naked esportiva ficou mais potente: agora são 152 cv de potência máxima a 9.250 rpm, contra 147 cv da versão anterior. Além disso, ganhou tecnologia de última geração, que inclui sensor de medição inercial, freios ABS para curvas e sistema de quickshift, que permite subir ou reduzir marchas sem o uso da embreagem.

Forte e musculosaTanque ficou mais compacto e "perdeu" 1 litro: agora cabem 16,5 litros de combustível

Visualmente a Monster 1200S não mudou muito, mas um olhar mais atento revela formas mais compactas e um novo farol com iluminação diurna de LEDs. O tanque ficou menor, com um litro a menos (16,5 l), e a rabeta foi encurtada. O monobraço traseiro foi redesenhado e, com isso, a distância entre-eixos diminuiu 26 mm. O objetivo foi tornar a naked ainda mais esportiva e ágil nas curvas – e, de quebra, reduziu o incômodo da versão anterior, na qual o calcanhar direito encostava na pedaleira da garupa.Novas ponteiras e monobraço redesenhado aumentou "espaço" para botas esportivas

A mudança mais aparente fica por conta das novas ponteiras duplas do escapamento: com visual mais racing ajudaram a Ducati a enquadrar o motor Testastretta 11° na lei de emissão de poluentes Euro 4. Com novos corpos de aceleração ovalados, os dois cilindros em "V" a 90° (ou "L2", como gosta a Ducati) ganharam a potência extra, uma alimentação mais precisa em baixos giros e mais 0,17 kgf.m de torque – o máximo de 12,87 kgf.m agora aparece a 7.750 rpm.

Mas é a força em baixos e médios regimes – a 3.000 giros já há cerca de 10 kgf.m de torque – que deixou essa renovada Monster 1200S ainda mais divertida de pilotar. Nas ruas e estradas, saídas mais empolgantes e menos trocas menos de marcha. Mas, na pista do Autódromo de Interlagos, onde tivemos o primeiro contato com a naked italiana, isso resultou em uma resposta mais imediata ao acelerador. Na saída da curva do sol, engatava a quarta marcha e em um piscar de olhos a velocidade ultrapassava os 200 km/h.Menor distância entre-eixos deixou a Monster 1200S ainda mais ágil nas curvas

A pista foi ideal para testar o sistema de quickshift, herdado da superesportiva 1299 Panigale. Não é preciso acionar a embreagem ou cortar o acelerador, pode-se descer ou subir uma das seis marchas do câmbio simplesmente usando o pé. Alguns segundos a menos para quem está em um trackday e mais comodidade em uma viagem, por exemplo.

Rede de segurançaMotor tem novo sistema de alimentação e mais torque em baixos giros

A eletrônica da Monster 1200S ganhou uma importante novidade: a IMU (Inertial Measurement Unit), a tal unidade de medição inercial que analisa a posição da moto em seis eixos e faz com que o controle de tração e os freios ABS funcionem com mais precisão.

A naked manteve os mesmos três modos de pilotagem – Urban, Touring e Sport – que ajustam de formas diferentes a resposta do motor e todos os controles eletrônicos com parâmetros de fábrica. Mas também é possível personalizar cada um deles. Confesso que, com a pista livre para acelerar, mantive no modo "Sport", com resposta mais instantânea do acelerador e baixa intervenção da eletrônica, mas ainda assim com uma "rede de segurança" para se divertir em Interlagos.Modos de pilotagem mudam o painel: Urban, Touring e Sport (da esq. para a dir.)

Nas curvas, o quadro da Ducati e as suspensões Öhlins fazem jus à fama: transmitem ao piloto as sensações da pista. Os freios e suspensões também mostram seu valor. As pinças Brembo M50 com discos de 330 mm ainda são "exagerados" para o uso mais civilizado, porém adequados para a pista.

ConclusãoConjunto ciclístico da naked é excelente e diversão é garantida na pista 

Quando a Ducati alardeou o lançamento de uma nova Monster 1200S, ficamos com aquela pulga atrás da orelha: "mas o que mudou?". As mudanças, embora discretas, aprimoraram a naked. A começar pelo sistema de alimentação do motor, que promete um comportamento mais dócil, principalmente em baixos giros. Mas como rodei na pista, só pude experimentar para valer mesmo a potência maior em altos giros. Entretanto, foi possível perceber a evolução nos controles eletrônicos, que permitem abusar do acelerador sem medo da "patada" do motor L2.

As melhorias ciclísticas podem ser notadas na entrada de curva: a renovada 1200S está mais arisca e "deita" com mais facilidade. Por outro lado, o ângulo de esterço do guidão ficou ainda mais limitado e o assento, apesar de ser ajustável, está 10 mm mais alto: duas características que prejudicam o uso diário da nova Monster.Controle de tração e ABS ficaram mais precisos em função do sensor de medição inercial

Ainda mais potente e moderna, a Monter 1200S, porém, agora está mais competitiva no segmento de nakeds esportivas. Quando chegar às concessionárias Ducati em agosto com o preço de R$ 59.900, a famosa italiana passa a ser uma opção a ser considerada perante às fortes e equipadas concorrentes, como a tecnológica BMW S 1000R (R$ 62.900), a conhecida Kawasaki Z1000 (R$ 55.900) e a inglesa Triumph Speed Triple 1050 R (R$ 60.990). (Por Arthur Caldeira)

FICHA TÉCNICA  – Ducati Monster 1200S 2017Modelo só está disponível na versão "S", mais esportiva, e em duas opções de cores

Motor Dois cilindros em "V" a 90°, quatro válvulas por cilindro, duas velas, comando desmodrômico e refrigeração líquida
Capacidade cúbica 1198,4 cm³
Diâmetro x curso 106 x 67,9 mm
Taxa de compressão 13,0:1
Potência máxima 152 cv a 9.250 rpm
Torque máximo 12,87 kgf.m a 7.750 rpm
Câmbio Seis marchas
Transmissão final Corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Partida Elétrica
Quadro Treliça em tubos de aço
Suspensão dianteira Garfo telescópico invertido Öhlins de 48 mm de diâmetro com 130 mm de curso totalmente ajustável
Suspensão traseira Monobraço em alumínio com amortecedor Öhlins totalmente regulável com 149 mm de curso
Freio dianteiro Disco duplo semi-flutuante de 330 mm de diâmetro com pinças monobloco radiais Brembo de quatro pistões e ABS
Freio traseiro Disco simples de 245 mm de diâmetro com pinça de dois pistões e ABS
Pneus Pirelli Diablo Rosso III 120/70-ZR17 (diant.)/ 190/55-ZR17 (tras.)
Comprimento não disponível
Largura não disponível
Altura não disponível
Distância entre-eixos 1.485 mm
Distância do solo n.d.
Altura do assento 795 – 820 mm
Peso em ordem de marcha 211 kg
Peso a seco 185 kg
Tanque de combustível 16,5 litros
Cores Vermelha e cinza
Preço R$ 59.900

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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