De bigtrail no Enduro da Independência
Ao todo, 26 pilotos se inscreveram para a categoria Adventure na edição 2014 da prova
A 32ª edição do Enduro da Independência, que aconteceu de 4 a 7 de setembro entre as cidades de Mariana (MG) e Vitória (ES), contou com uma novidade que agradou aos amantes de aventura. No último dia da competição, foi realizada, pela primeira vez, a prova da categoria Adventure, disputada apenas por motocicletas bigtrails. Ao todo, foram 26 pilotos inscritos, muitos com idade acima dos 60 anos e ex-pilotos de Enduro.
Segundo alguns deles, essa foi uma forma de estarem juntos do evento, já que não têm mais aquele fôlego para competir no EI, pelo qual continuam apaixonados. "Sou piloto antigo de off-road, mas não tenho mais coragem, tempo e nem físico para continuar a competir no Enduro. Por isso achei a iniciativa da organização fantástica", disse Carlos Menezes, 49 anos, empresário de Vinhedo (SP) que estava a bordo de sua KTM 990 Adventure.
Carlos Menezes, 49, preferiu participar do Independência 2014 a bordo de sua KTM 990 Adventure
O início da aventura
A categoria Adventure foi organizada pela Triumph Belo Horizonte, mas contou com o apoio direto da Triumph Brasil e da Triumph Experience, que levou um de seus experientes pilotos para guiar o pessoal pelas estradas e trilhas. Apesar de ser um evento idealizado pela marca inglesa, não houve nenhuma restrição à motocicletas de outras fabricantes. A competição reuniu pilotos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná e Espírito Santo.
O roteiro, definido pelo Trail Clube Minas Gerais (TCMG), começou na cidade de Venda Nova do Imigrante (ES). De lá, os pilotos partiram para o Sítio do Leranzão, onde puderam conhecer como se faz o salame tradicional da região. Foram, então, em direção à Rota do Lagarto, um dos trajetos mais bonitos do estado. Começa no km 90 da BR 262 e segue por 8 km até a rodovia ES 164. Após isso, rumaram para a capital Vitória.
Roteiro percorrido pelos participantes da categoria Big-trail no Enduro da Independência 2014
Mas, não pensem que esse pessoal rodou somente em trechos asfaltados. Durante o trajeto, pegaram estradas de terra e, em algumas ocasiões, dividiram as trilhas com os demais competidores do E.I. "O roteiro foi muito bom, belas paisagens e ótimas estradas. No entanto, as trilhas foram leves. Sou piloto de enduro em Brasília, e achei que se houvesse uma planilha para nós roteirarmos, apimentaria ainda mais a categoria.
De qualquer forma, foi a primeira vez que realizaram este tipo de aventura simultaneamente com a competição e o resultado foi muito legal. Pudemos estar presentes na prova, mesmo que por pouco tempo", afirmou Rogério Saraiva, 42 anos, piloto de enduro brasiliense que machucou o ombro e por isso não correu o EI deste ano. Deixou sua Sherco 300 em casa e encarou a "trip" com sua companheira do dia a dia, a Yamaha Ténéré 660Z.
Motos para todos os gostos
Entre os 26 pilotos inscritos, modelos e marcas de motocicletas diferentes. Além de duas Tiger 800XC e uma Explorer 1200 XC da Triumph, havia uma KTM 990 Adventure, Suzuki V-Strom 1000, algumas Yamaha XT Ténéré 660Z, uma Super Ténéré 1200Z. No entanto, as mais vistas foram as máquinas da família GS da BMW. Tinha até uma moto de 1995, uma Ducati E900 (modelo feito na mesma base da Cagiva Elefant), que fez o trajeto e aguentou as mesmas "porradas" que as bigtrails atuais, cheias de eletrônica.
Segundo os organizadores, essa foi uma experiência e, pelo resultado, a realização da categoria Adventure no Enduro da Independência está quase garantida para a edição do ano que vem. (por Roberto Brandão Filho)
As grandes aventureiras estacionadas durante uma das paradas do EI 2014 (Fred Mancini/Y.Sports)
A moto mais antiga do passeio era essa Ducati E900 de 1995 pilotada por seu orgulhoso proprietário, Marcos França, de BH
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