30 Dias com a CB 500F: veredicto

Nossas considerações finais sobre a naked da Honda após um mês ao guidão

Chega ao final o terceiro teste de 30 dias no blog da INFOMOTO. Por exatos 2.791 quilômetros avaliamos a naked de média cilindrada da Honda. Nestas quatro semanas, a CB 500F "passou na mão" de todos integrantes da INFOMOTO. Rodamos em ruas, avenidas e estradas. Três características do modelo merecem destaque: desenvoltura no trânsito carregado, economia de combustível e facilidade na condução. Assim a moto pode atender um piloto que está retornado ao mundo das duas rodas; uma motociclista que não quer potência em demasia e até para o motociclista que está deixando uma 250/300cc para comprar uma 500cc para explorar viagens de final de semana.

A primeira semana foi exclusivamente no trânsito urbano. O motor bicilíndrico de 471 cm³, potência de 50,4 cv a 8.500 rpm e torque de 4,55 kgf.m a 7.000 giros rodou entre 22 e 25 km/l. Os dois cilindros paralelos da CB 500F entregam potência de forma progressiva, sem sustos, auxiliado por um câmbio de engates suaves.

Entrega de potência progressiva e engates suaves de marcha foram o destaque da condução urbana

Na estrada, andando com mais ímpeto do acelerador o consumo foi de 23 km/litro. Em velocidade de cruzeiro de 120 km/h (a 5.500 giros) a moto consumiu pouco mais de 28 km/litro. Limitando o giro na casa dos 5.000 giros (cerca de 100 km/h), a 500F atingiu a marca de 36 km/litro. Numa conta realista, tendo como base a média de 25 km/l e a capacidade do tanque de 17,5 l, o motociclista pode rodar mais de 400 quilômetros sem abastecer. Uma boa marca para uma naked de média capacidade cúbica.

E é justamente toda esta versatilidade que tem lhe garantido a liderança de vendas da categoria naked em 2014, de acordo com os dados da Fenabrave. Entre janeiro e julho já foram emplacadas exatas 2.386 unidades de CB 500F. Só para recapitular, os preços variam entre R$ 22 mil (STD) e R$ 23.500,00, equipada com freios ABS.

Na estrada, o modelo da Honda conseguiu boas marcas de consumo para uma moto de média cilindrada

No resumo da ópera, a CB 500F promete o que cumpre, com uma pegada racional, sem desempenho radical ou grande impacto visual. Vale ressaltar que em quatro semanas não tivemos nenhum problema com a 500F. Apenas abastecemos, calibramos os pneus e verificamos a folga da corrente de transmissão. Ah, e demos um banho nela depois de uma semana chuvosa.

Confira abaixo os depoimentos dos jornalistas e motociclistas da Agência INFOMOTO sobre a Honda CB 500F:

O painel de fácil leitura é um dos pontos positivos do projeto

"Durante um mês só rodei com a CB 500F na cidade, em vias rápidas e com congestionamentos nos horários de pico. Claro que a escolha foi proposital. Queria saber o comportamento desta naked sendo apertada pelos carros nos corredores das avenidas 23 de Maio e Tiradentes, que ligam a Zona Sul à Zona Norte.

A moto tem boa maneabilidade, em função do bom ângulo de esterço e do baixo peso. Com a quarta marcha engatada, a CB 500F se transformava em uma scooter. Ou seja, no corredor era só dosar o acelerador para desviar dos carros e fazer as ultrapassagens necessárias. Além do motor e do conjunto ciclístico, mais dois destaques: a fácil leitura do painel digital e o bom facho de luz do farol que ilumina bem o caminho. O que falta… grafismos mais modernos e um escape com design mais bonito." Aldo Tizzani, 44 anos, jornalista e motociclista habilitado há 16 anos.

"Na estrada a CB 500 foi capaz de acompanhar o fluxo e, quando precisei, foi fácil deixar a maioria dos veículos para trás. Ela também oferece uma postura confortável que não cansou nas viagens diárias entre Atibaia e São Paulo. Ao entrar na cidade conseguiu encarar os congestionamentos com agilidade. Tenho como críticas o bocal do tanque e o design que achei 'comportado' demais." Cicero Lima, 53 anos, jornalista, e habilitado desde 1982.

A facilidade ao pilotar, característica das motos Honda, também está presente na CB 500F

"Apesar de não ter sido projetada com o foco na esportividade, a CB 500F consegue, sim, divertir seu condutor. Principalmente pelo fato de ter uma "tocada" suave e dócil, que permite que pilotos experientes e não tão experientes utilizem tudo o que ela tem a oferecer. Além disso, como característica das motocicletas Honda, a CB 500F é fácil de pilotar e logo após poucos minutos sobre a moto parece que ela é sua há anos e que você sabe todos os seus limites.

Ela consegue atingir 180 km/h, mas não passa disso (e nem é seu objetivo). Em rodovias sinuosas, ela também se dá bem. É ágil e estável nas mudanças rápidas de direção, e permite uma aceleração rápida na saída das curvas, por conta da resposta de seu motor suave e progressiva. O conjunto de suspensão, embora não ostentem as tecnologias mais avançadas, é capaz de absorver os impactos e estabilizar a motocicleta. Enfim, a CB 500F consegue agradar aos mais mansos e também aos agressivos". Roberto Brandão Filho, 26 anos, estudante de jornalismo, e motociclista "cupim de ferro" desde os 12 anos.

Embora não seja uma das motos mais empolgantes, a relação custo-benefício da CB 500F é inigualável no mercado

"A Honda CB 500F surgiu como uma moto acessível para iniciantes, em função de seu motor amigável e do baixo custo. Mas é mais. Trata-se de uma motocicleta inteligente. Econômica, fácil de pilotar e divertida. A CB 500F não é perfeita: não tem a potência e o torque de modelos maiores; um parabrisa tornaria as viagens mais confortáveis e o novo punho da Honda com as setas e a buzina invertida muitas vezes confunde a cabeça. Se fosse comprar a CB 500F guardaria um dinheiro para investir em alguns equipamentos que podem "incrementar" o visual da 500F: manetes mais elegantes, um pequeno bagageiro que combine com a moto e uma ponteira de escapamento mais moderna.

Ninguém vai ficar impressionado porque você escolheu uma moto prática e não a mais rápida. Mas pagar cerca de R$ 22.000 (versão sem ABS) em uma motocicleta média que é estável em alta velocidade, freia quando você precisa e ainda é divertida de pilotar? Não há, hoje, no mercado nacional outra opção que faz o que a CB 500F faz." Arthur Caldeira, 35 anos, jornalista, e motociclista habilitado desde 2001.

Confira todos os capítulos do nosso Teste dos 30 Dias com a Honda CB 500F:

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