Venda e produção de motos caem no primeiro semestre
Venda de motos entre janeiro e junho caiu 4,08% em relação ao mesmo período de 2013; produção recuou 8,3%
O cenário de restrição ao crédito para compra de motocicletas continua a prejudicar o setor de duas rodas no Brasil. As vendas no primeiro semestre deste ano caíram 4,08% em relação ao mesmo período do ano passado. No total foram emplacadas 717.728 unidades entre janeiro e junho de 2014 contra 748.272 unidades no primeiro semestre de 2013.
Contribuíram para a queda o aumento da taxa básica de juros de 8,0% para 11% ao ano nos últimos 12 meses e também o menor número de dias úteis em função da Copa do Mundo e dos feriados de julho, avalia Flavio Meneghetti, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição Automotiva). "Já imaginávamos que a Copa do Mundo afetaria o mercado de veículos. Mas não tanto", afirmou Meneghetti. De acordo com levantamento da Fenabrave, divulgado no início deste mês, em junho foram vendidos 103.869 veículos de duas rodas – 18,03% a menos do que em maio, quando as vendas chegaram a 126.713. Vale lembrar que a Copa do Mundo começou em 12 de junho.
Segundo números divulgados pela Abraciclo (associação que reúne fabricantes de motocicletas e bicicletas), foram produzidas 769.613 unidades entre janeiro e junho deste ano contra 839.945 no primeiro semestre de 2013. As vendas no atacado (vendas da fábrica para as concessionárias) também caíram no período: de 816.462 no ano passado para 716.814 em 2014, o que significa uma redução de 12,2%.
A dificuldade na aprovação do crédito é apontada como a principal dificuldade para a retomada do setor também pelo presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian: "a cada dez fichas enviadas para as financeiras, apenas duas são aprovadas". Por conta dos resultados do semestre a entidade que reúne os fabricantes reduziu para 1,5 milhão a previsão de motos a serem produzidas até o final deste ano.
Já a Fenabrave prevê queda de 2,87% na venda de veículos neste ano – somando-se todos os segmentos, como automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas. Para as motos, especificamente, as vendas devem chegar a 1.477.812 unidades, de acordo com a entidade. O número representa uma queda de 2,50% em relação às vendas de motos em 2013: 1.515.689. O mercado de motos premium, por sua vez, deve fechar o ano em crescimento Mas nem todas as notícias são ruins. O segmento de motos acima de 450 cc, por exemplo, apresentou resultados positivos e deverá chegar a 60.000 unidades produzidas até o final do ano, representando 4% das motos vendidas no Brasil. Outro destaque positivo vai para o crescimento da venda de scooter. Em 2007 foram comercializados apenas 3.280 unidades, já em 2014 a projeção de vendas sinaliza que 38.000 scooters deverão ser comercializados no País. (por Arthur Caldeira e Cicero Lima)
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