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O álcool pode fazer bem para o seu bolso

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06/11/2012 10h42

Na rotina da Fazer 250 BlueFlex estavam incluídos percursos rodoviários e urbanos

Para chegar a essa conclusão avaliamos a única 250 cc bicombustível disponível no Brasil: a Yamaha Fazer 250 BlueFlex. O modelo tem como principal atrativo a possibilidade de rodar com gasolina, etanol ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. Mas o que isso muda na vida do piloto? Vamos refazer a pergunta: o que isso muda no bolso do piloto? Para ter uma resposta, submetemos essa 250cc a uma rotina com viagens diárias e uso urbano usando gasolina e depois etanol para saber o custo por quilômetro rodado com cada tipo de combustível. E o abastecimento foi feito no mesmo posto e na mesma bomba para não haver variações que comprometessem as médias de consumo.

Nosso roteiro de três dias com cada tipo de combustível incluiu viagens diárias entre São Paulo e Atibaia. De forma criteriosa, na Rodovia Fernão Dias, controlamos o ritmo pelo conta-giros mantendo o motor na casa dos 7.000 rpm, nessa condição o velocímetro digital informava a velocidade de 110 km/h. Uma velocidade ideal para o tipo de estrada, mas claro, respeitando os limites nos trechos de serra, praças de pedágio e trechos urbanos. Além da estrada, a moto foi usada na cidade, mantendo um ritmo adequado às condições do tráfego. Ou seja: em nenhum momento a moto foi usada de forma esportiva.

A moto foi abastecida sempre no mesmo posto e na mesma bomba para não haver variações

Rodando somente com gasolina percorremos 287 quilômetros e a média de consumo foi de 31,74 km/litro. Com o preço da gasolina a R$ 2,699 tivemos um gasto total de R$ 24,40. O custo por quilômetro rodado foi menor que dez centavos: R$ 0,085.

Rodando com etanol a moto teve um aumento de consumo como era de se esperar. O percurso total foi de 275 km e a média de consumo aumentou para 23,35 km/litro, porém na hora de abastecer o álcool, que custou naquele posto R$ 1,699, mostrou ser mais vantajoso, já que o gasto foi de R$ 20,00. O custo por quilômetro rodado foi de R$ 0,072. Ou seja: uma economia de aproximadamente 15%.

Com etanol houve aumento de consumo, porém economia na despesa

Esse ganho financeiro está diretamente ligado ao preço dos combustíveis. Segundo dados divulgados pela ANP (Agencia Nacional de Petróleo) em uma pesquisa realizada em 350 postos, divulgada no final de outubro, na capital paulista os preços do etanol variam entre R$1,469 a R$ 2.099. Isso significa que a economia pode ser maior se o piloto buscar combustível com menor preço – mas tomando cuidado com a qualidade.

Vamos supor que o motociclista rode 1.200 km todo mês. Comparativamente e usando os parâmetros adotados em nosso teste, com gasolina o gasto seria de R$ 102,00 no final do mês. Caso optasse pelo etanol, a economia mensal seria de R$ 15,00 (já que gastaria R$ 86,40 para rodar os mesmos 1.200 km). Pode parecer pouco, mas ao final de um ano teria economizado R$ 180,00 – valor que poderia ser usado para ajudar a pagar o IPVA no ano seguinte.

*post atualizado às 12:17 de 07 de novembro de 2012

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Arthur Caldeira, jornalista e motociclista (necessariamente nessa ordem) fundador da Agência INFOMOTO. Mesmo cansado de ouvir que é "louco", anda de moto todos os dias no caótico trânsito de São Paulo.

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