Moto a álcool completa 30 anos
O príncipe herdeiro do Japão, Hironomiya Naruhito e a Honda CG125 a álcool em 1982
O Brasil realmente é abençoado no que se diz respeito a matrizes energéticas. Descobrimos e Pré-sal e o etanol é usado em larga escala. Nas nem sempre foi assim. No início da década de 1980 tivemos a crise do petróleo. Então, a indústria automobilística foi obrigada a buscar alternativas e projetar carros e motos movidos à combustível limpo e renovável. Em fevereiro de 1981 nascia uma nova versão da Honda CG125, aprimeira moto do mundo com motor a álcool.
A CG 125 1981 foi a primeira moto a álcool do mundo
Da mesma forma que os automóveis, a CG a álcool tinha um sistema de alimentação de gasolina na partida a frio, com reservatório sob o banco. Na época, a novidade da Honda também ganhou câmbio de cinco marchas. Potência e torque se mantiveram praticamente iguais ao modelo à gasolina. Em1982, aYamaha lançou a RX125 a álcool. A moto estava equipada com motor dois tempos e também contava com tanque adicional de gasolina para partida a frio.
A RX 125: iniciativa da Yamaha para competir com a rival
Em 2007, a AME Amazonas, por exemplo, até apresentou um protótipo durante o Congresso SAE Brasil, mas o projeto só ficou no papel. Já no início de 2009, a Honda lançou a CG 150 Mix, a primeira moto bicombustível do mundo que pode rodar, em qualquer proporção, com álcool ou gasolina. Hoje todas as unidades das linhas CG 150, NXR 150 Bros e Biz 125 contam com esse tecnologia e trazem o adesivos "Flex" na rabeta/lateral da moto. Isso representou em 2011 um total de mais de 880 mil unidades emplacadas, praticamente 57% de tudo que a Honda vendeu ano passado no Brasil.
A Honda CG 150 Mix: a primeira moto flex do mundo
Uma pena que a indústria sucroalcooleira não fez os investimentos necessários no setor e acabou focando suas forças na produção de açúcar. Hoje poderíamos ser líderes mundiais na produção de um combustível barato e ecológico. Mas essa é outra história. O que vale ressaltar é a iniciativa da indústria de duas rodas em buscar alternativas palpáveis em favor da economia, da mobilidade urbana, além de minimizar o impacto ambiental em tempos onde o termo "Flex" nem passava pela cabeça das montadoras. (por Aldo Tizzani).
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